O presidente do Las Palmas, Miguel Ángel Ramírez, foi libertado depois de ter sido ouvido pelo juiz durante a manhã no âmbito de um processo de suspeitas de um crime contra a segurança social. Segundo o jornal «As», não foi imposta fiança ao dirigente, tendo como única medida de coação a obrigatoriedade de comunicar qualquer mudança de morada ou telefone.

Miguel Ángel Ramírez tinha sido esta quarta-feira detido no aeroporto de Gran Canaria quando chegava de Miami, nos Estados Unidos. A detenção ocorreu após ter sido emitido na terça-feira um mandado de busca e prisão ao dirigente por não se ter apresentado em tribunal para responder sobre uma alegada fraude à segurança social, que envolve o pagamento de funcionários do seu grupo de empresas e salários inferiores ao legalmente exigido

O presidente estava numa viagem de negócios em Miami e defendeu-se ao dizer que não foi notificado corretamente, mas que estaria de regresso a Espanha nas próximas horas para ser ouvido no tribunal de Las Palmas. Foi precisamente à chegada que foi detido.

Miguel Ángel Ramírez falou aos jornalistas à saída, dizendo que deu «explicações» e pediu «desculpas» ao magistrado, considerando que «não era preciso ter chegado a este ponto» e que se tratou de «um mal entendido».

«Aceitou as minhas desculpas e o meu direito a não prestar declarações, e libertou-me», adiantou, explicando: «Houve um recurso e, por isso, os meus advogados consideraram que não tinha que ser ouvido em tribunal, mas perante a chamada da justiça, venho de Miami porque sua excelência se aborreceu».