A seleção espanhola de futebol feminino estreou-se com uma vitória na Liga das Nações da UEFA. Triunfo por 3-2 sobre a Suécia, em Gotemburgo, com o golo decisivo a ser obtido através de uma grande penalidade mesmo no último minuto do jogo.  

Uma vitória que pode valer mais do que meros três pontos. Pode significar o caminho definitivo para a pacificação do futebol em Espanha, onde continuam a ser implementadas mudanças na federação.

As jogadoras queriam que se falasse apenas de futebol – depois do caso Rubiales ter ofuscado o brilhantismo da conquista do título mundial - e mostraram o caminho para atingir esse objetivo com um grande jogo na Suécia.

O encontro era aguardado com grande expetativa – até porque chegou a haver dúvidas de que Espanha tivesse equipa para jogar.

Foram semanas complicadas, com negociações que pareciam intermináveis e um ambiente de grande tensão, depois do mais polémico beijo da história do futebol.

A polémica parecia crescer a cada dia, com novas exigências e discordâncias.

Até a concentração da equipa foi complicada, com as jogadoras a chegarem a conta-gotas, entre dúvidas de quem estaria, ou não, disponível para jogar.

Mas as campeãs do mundo deixaram a polémica em terras espanholas e venceram uma Suécia que ainda é primeira no ranking da FIFA (a Espanha é segunda, apesar de ter afastado as nórdicas nas meias-finais do recente mundial, a caminho da conquista do título).

A Suécia até se adiantou no marcador, por Magdalena Eriksson, a meio do primeiro tempo, mas a Espanha empatou antes do intervalo por Athenea del Castillo.

Na segunda parte, mais golos: Eva Navarro colocou as espanholas na frente, mas Lina Hurtig reestabeleceu a igualdade.

E a decisão, dramática, surgiu nos últimos instantes: Mariona Caldentey converteu a grande penalidade que vale a liderança do grupo 4, onde também estão as seleções da Itália e da Suíça.