O Real Madrid sofreu muito para vencer o Villarreal, mostrou durante mais de uma hora uma incapacidade brutal e acabou a chorar o título do vizinho Atlético Madrid. Cheirou a fim de ciclo no Estádio Di Stéfano. Zinedine Zidane pareceu um homem mais só do que nunca. 

Para ser bicampeão, o Real tinha de vencer o Villarreal e esperar por um falhanço do Atlético em Valladolid. Só uma das hipóteses se confirmou. O Atlético cumpriu a sua obrigação e o Real foi a sombra do que deve ser uma equipa grande na receção ao Villarreal. Venceu, é verdade, mas os dois golos apareceram tarde e a más horas: 87 e 90+2, por Benzema e Modric.

A primeira parte do Submarino Amarelo foi deslumbrante. Grande, grande qualidade com bola (que exibição de Manu Trigueros e Étienne Capoue!), fortíssimo nas transições e muito competente a defender. O golo do adolescente Yeremi Pino, aliás, foi a consequência lógica dessa superioridade. 

O Real jogou a segunda parte com o orgulho ferido. Tento, tentou, mas o bom futebol não apareceu. Apareceram os golos, mas de nada valeram. Karim Benzema e Luka Modric apenas deram alguma cor a uma participação no campeonato que foi demasiada irregular. 

O campeão de Espanha é o Atlético Madrid.