A figura: Evandro

Estava a ser o médio que melhor estava a desempenhar funções, mas também era aquele que teve ocasiões para deixar o Estoril em vantagem e chegar mais cedo ao empate. Por fim, conseguiu fazê-lo em cima do intervalo, já depois de ter resgatado o miolo da equipa, com passes mais corretos e com mais critério do que os colegas. Apareceu na área, rematou de fora dela e foi daí que fez o 1-1, num remate colocado. Saiu em alta para o descanso e voltou com um golo. Na área, na zona dos avançados, apareceu outra vez a faturar para o 3-1 e dar a vantagem necessária que o Estoril precisava para não passar por novas aflições. É bom para o Estoril, mas no meio de tanta gente boa a sair, é estranho que ainda ninguém tenha olhado para Evandro.

O momento: minuto46

A primeira parte tinha sido mais amarela e azul do que alvinegra, mas mesmo assim o Nacional tinha equilibrado a partida, à sua maneira. Por isso, esperava-se que a segunda parte pudesse trazer uma grande incógnita no resultado. No entanto, o bis de Evandro colocou ponto final nas dúvidas quanto ao vencedor. O melhor jogo do Estoril encarregouse- de o confirmar no restante tempo.

Outros destaques

Galvão, Carlitos e Luís Leal

Têm técnica, velocidade e habilidade para desequilibrar nas alas, mas tanto um como o outro tiveram intermitências na partida, sobretudo quando Marco Silva os trocou de flanco. Carlitos rendeu sempre bem na direita e pouco na esquerda, Galvão esteve bem no flanco canhoto e desaparecido no direito. Ainda assim, o brasileiro esteve no 1-1, o português marcou um golo. Decisivos e a jogarem de olhos fechados com Luís Leal, num ataque que promete. Os três movimentam-se e complementam-se muito, muito bem.

Babanco

Boa exibição do lateral-esquerdo, bem a fechar, muito melhor no ataque, ainda assim. Quase marcava, mas Gottardi negou-lhe o golo.

Djaniny

Que jeito que vai dar ao Nacional o ponta de lança cabo-verdiano. Em força ou em drible ganhou várias vezes aos defesas do Estoril, que nunca puderam descansar com Djaniny, nem mesmo quando tinham a bola nos pés. O camisola 27 do Nacional pressionou, lutou e faturou outra vez na Amoreira, depois de o ter feito aqui por duas vezes na pré-temporada.