A crise dissemina-se pelos quatro cantos do mundo e arrasa tudo à sua passagem. O futebol não é excepção, conforme se confirma neste estudo divulgado pela empresa Prime Time Sport: as cinco maiores ligas da Europa investiram em 2010 menos 29 por cento na aquisição de jogadores, em comparação com o Verão anterior.

No mercado de transferências encerrado a 31 de Agosto, o top-five dos campeonatos europeus gastou 1320 milhões de euros no reforço dos respectivos clubes. Em 2009 este número tinha chegado aos 1855 milhões.

Real Madrid apresenta receitas de 442,3 milhões de euros

À frente de todas as outras, neste item financeiro, continua a Premier League. Apesar de uma queda de 15 por cento relativamente ao período homólogo de 2009, os emblemas ingleses gastaram 435 milhões de euros.

No segundo lugar está agora a Serie A, de Itália. Os 327 milhões de euros dispendidos em contratações deram para ultrapassar a liga espanhola. Depois do boom criado pelas chegadas de Cristiano Ronaldo e Ibrahimovic no Verão passado, a La Liga mostrou-se agora mais conservado: 262 milhões investidos (menos 45%, a maior quebra).

A nível de clubes, o campeão do investimento neste defeso é o Manchester City. O emblema inglês pagou 145 milhões de euros pelos jogadores comprados. Um número, ainda assim, bem distante daquele estabelecido pelo Real Madrid em 2009: 265 milhões de euros.

«A precariedade económica na maioria das ligas, a profissionalização generalizada na gestão das transferências e a prioridade dada à saída de jogadores provocou esta descida generalizada nos investimentos», explicou Esteve Calzada, director do estudo.

Os maiores investimentos em contratações (por campeonato):

Inglaterra: 435 milhões (-15%)

Itália: 327 milhões (-18%)

Espanha: 262 milhões (-45%)

França: 140 milhões (-43%)

Alemanha: 157 milhões (-32%)

Os maiores investimentos em contratações (por clube):

Manchester City: 145 milhões

Real Madrid: 78 milhões

Barcelona: 71 milhões

Juventus: 56 milhões

AC Milan: 53 milhões