As acções do Lehman Brothers continuam a reflectir os receios dos investidores, de que os problemas de solvência levem o banco à falência ou que seja necessária a intervenção do Tesouro norte-americano, como aconteceu recentemente com a Fannie Mae e a Freddie Mac, as duas maiores sociedades de crédito imobiliário dos EUA.

As acções da casa de investimento estão a cair mais 40,69% para 4,30 dólares, depois de alguns bancos terem cortado as recomendações e o preço alvo sobre as suas acções.

Na quarta-feira o banco apresentou perdas de 3,9 mil milhões de dólares (2,8 mil milhões de euros), um valor pior do que se esperava para o seu terceiro trimestre, naquele que é o segundo período consecutivo de perdas.

O quarto maior banco de investimento dos EUA está em dificuldades financeiras, depois de se ter sabido, esta terça-feira as negociações com a casa de investimento coreana Korea Korea Development Bank (DBK) com vista a uma parceria estratégica que permitiria à Lehman Brothers encaixar capital, chegaram ao fim, sem acordo. A instituição, que amortizou já mais de 8 mil milhões de dólares (cerca de 5 mil milhões de euros) em activos afectados pela crise do subprime, pode estar em maus lençóis.

Os prejuízos obrigaram também a casa de investimento a tomar decisões para sair desta crise. Nomeadamente, a alienação de uma posição maioritária na unidade de gestão de activos, a venda de imóveis e uma redução da remuneração aos accionistas.