A administração norte-americana decidiu reforçar os poderes da Reserva Federal (Fed) para actuar e prevenir futuras crises.

O anúncio do reforço da regulação financeira foi feito na segunda-feira à tarde, pelo secretário de estado do Tesouro dos Estados Unidos, Henry Paulson. «Precisamos de uma estrutura desenhada para o mundo em que vivemos, flexível, adaptável à mudança, que nos permita enfrentar de forma mais eficiente as inevitáveis crises que surgirem no mercado e proteger os investidores e consumidores», disse o responsável.

Assim, a Fed, além de ser responsável pela política monetária dos EUA, terá também a seu cargo a estabilidade dos mercados, passando a ter poderes na supervisão dos bancos comerciais, bancos de investimento e seguradoras. A supervisão bancária fica assim concentrada numa só entidade.

Para cumprir estas tarefas, a instituição liderada por Ben Bernanke terá de reunir condições para avaliar o capital, a liquidez e as margens de todo o sistema financeiro.

À Fed caberá ainda fornecer liquidez a qualquer interveniente no mercado, em caso de a sua estabilidade estar em risco.

Da reforma faz ainda parte uma outra medida que junta a Securities and Exchange Comission (SEC), o regulador do mercado de capitais, com a Commodity Futures Trading Comission, que regula a transacção de futuros sobre mercadorias.

As medidas serão ainda sujeitas à aprovação do congresso dos EUA.