*enviado-especial ao Euro-2016

Fernando Santos apareceu satisfeito e orgulhoso na conferência de imprensa do Parc OL, após o triunfo na meia-final sobre o País de Gales (2-0).

«Esperava um jogo difícil como foi, alguma vez teríamos de dizer que a equipa nacional teve mérito em desmontar adversário. Senão tornámos isto só em demérito do adversário e pouco mérito de Portugal.»

Após reclamar méritos ao seu plantel, o selecionador desvalorizou as palavras do líder de País de Gales: «O Coleman? Gosto muito dele, excelente treinador, fez um Campeonato da Europa fantástico, uma muito bem equipa organizada, complicou-nos muito a vida, ele estudou bem portugal e nós estudámos também o adversário.»

Em seguida contou o que foi acordado com os jogadores mal assumiu o comando técnico da seleção: «Há dois anos traçámos um propósito aqui em Saint-Denis, foi o primeiro jogo que realizei e lembro-me perfeitamente da palestra  em que assumimos um compromisso e um propósito de voltar aqui no dia 10 de julho.»

Na hora da vitória não esqueceu quem fez parte do apuramento: «Tudo isto foi feito com muito trabalho e empenho e não posso esquecer os que não estão no lote de 23, mas que foram fundamentais, não vou dizer os nomes. São cinco, seis jogadores que foram fundamentais para que isto acontecesse e o propósito foi alcançado.»

As perguntas sobre o estilo de jogo de Portugal continuam a surgir e Fernando Santos reagiu assim: «Havia sempre uma equipa em campo, umas vezes com o futebol mais agradável à vista outras vezes menos. Acho que o jogo com a Croácia é fantástico em termos estratégicos. Portugal tem feito aquilo que deve fazer, não se preocupando em jogar bonito ou feio, mas sim se é bem ou mal... Quem joga mal não ganha. Quem joga bem tem muita probabilidade de ganhar, mas isso não corresponde a ser bonito ou feio.»

«Portugal sempre tem plano de jogo, sempre! Há um plano de jogo ofensivo e defensivo. Neste propósito que traçamos sabíamos que não éramos os melhores do mundo. Nunca tivemos essa presunção e tudo começou por aí e sabemos que dificilmente alguma equipa ganhará fácil a Portugal. Estudámos os adversários para ser o menos possível surpreendidos defensivamente e cada adversário é uma história diferente. Esta equipa de Gales era muito diferente das anteriores, qualidade de jogo, muita rápida, muitos ataques rápidos e muita transição ofensiva, bons tempos de espera para depois saltar nas costas e procurámos limitar esse tipo de ações e depois ofensivamente encontrar as linhas de passe certas, ações certas para marcar. Para ganhar temos que não sofrer e tentar marcar, foi isso que fizemos em todos os jogos umas vezes melhor outras pior. A nível de plano de jogo as coisas tem sempre funcionado», concluiu o tema.