O momento:
61 minutos, Éder capitão: Depois de uma chuva de críticas quando o nome de Éder foi anunciado por Fernando Santos na convocatória para o Europeu, que levou o selecionador a dizer que querem fazer dele «patinho feio», Éder recebe a braçadeira de capitão. A meia hora do fim, quando Ricardo Carvalho saiu de campo, entregou a braçadeira ao companheiro, que pareceu ficar surpreendido ou embaraçado. Um voto de confiança que deu frutos quando, 10 minutos depois, Éder apareceu na área para fazer aquilo que lhe é pedido: marcar golos.
A figura:
Quaresma: Está determinado em agarrar o lugar e, quando Ricardo Quaresma quer, nota-se bem. Mas mais do que apenas a vontade e a entrega que colocou no jogo, o corpo e a bola corresponderam. Numa mistura perfeita entre força e técnica colocou um míssil teleguiado na baliza da Noruega. A mostrar que está em grande forma, o Mustang pautou o tempo de jogo por arrancadas para área, com mudanças de direção e fintas que deixaram os defesas da Noruega com a cabeça em água, mesmo tendo sido muito castigado pelo adversário.
Outros destaques:
Éder: No dia em que envergou por meia hora a braçadeira de capitão da Seleção Nacional, começou o encontro a receber um enorme aplauso na primeira vez que tocou na bola. Mais apagado na primeira parte, sobretudo por ter ao lado um Quaresma que brilhava tanto. Na segunda parte, e depois de receber a braçadeira de capitão, o filme mudou. Apareceu na área e encostou de pé direito um cruzamento milimétrico de João Mário. Três minutos depois, outro remate na área com selo de golo, mas Jansen conseguiu travar com as pernas. Esteve de pé quente na reta final do campeonato francês e já entrou de pé direito nesta fase de preparação para o Europeu.
Raphael Guerreiro: seguro na defesa e deixou o Dragão rendido com a conversão soberba de um livre na segunda parte. Bateu de pé esquerdo, a apontar ao ângulo superior esquerdo, Jarstein ficou colado ao relvado, e a bola só parou dentro da baliza.
Anthony Lopes: Com pouco trabalho, mas muito seguro quando foi chamado à ação, sobretudo após um erro monumental de José Fonte. Com a árdua tarefa de roubar o lugar a Rui Patrício, deu sinais positivos a Fernando Santos.
William Carvalho: Não está no melhor momento e o que mostrou esta noite está aquém do que sabe e pode fazer. Mostrou-se lento, com perdas de bola e falta de agressividade. Jogou os 90 minutos, mas foi dos mais apagados da formação lusa.
José Fonte: Teve problemas físicos durante a semana e talvez isso explique a exibição desta noite. Perdas de bola em áreas complicadas e um lance em que deixa fugir Joshua King e que obrigou Anthony Lopes a oferecer o corpo à bola para evitar o golo.
