*Enviado-especial ao Euro 2016

Rui Patrício foi uma das figuras de Portugal com a Islândia. Evitou um golo dos islandeses logo do início do encontro e outro já perto do fim. Questionado se lhe tinham dado os parabéns, o guarda-redes respondeu que isso nunca foi uma necessidade.

«Ninguém tem de vir dar-me os parabéns, estamos aqui para dar o nosso melhor, e mesmo quem não joga vai dar sempre força a quem joga. Temos de estar focados no que temos de fazer e apoiarmo-nos uns aos outros», sublinhou.

O futebolista diz que a sua titularidade e o reconhecimento da mesma por parte dos outros guardiões, como o fez Anthony Lopes em conferência de imprensa «não altera nada, nem nunca vai alterar» a sua forma de trabalhar: «Os três guarda-redes trabalham todos com um objetivo, que é ajudar a equipa. Seja quem joga ou joga, estamos todos aqui para ajudar Portugal.»

Patrício atravessa um dos melhores momentos da carreira. O próprio reconhece que se tem sentido «muito bem» em campo. «Não sei se me sinto melhor do que há dois ou quatro anos, mas sinto-me muito bem, depois do trajeto feito e dos momentos que passei. O importante é, quando os momentos acontecem, crescer e aprender. Temos momentos bons e maus ao longo da carreira. Como quero aprender e ser melhor todos os dias, tento evoluir e continuar a trabalhar até aqui.»

O adquirir de experiência, sobretudo em grandes palcos, tem sido fundamental. «É logico que vamos ganhando experiência. Desde o Euro 2008 que estou presente nas grandes competições, assimilando experiência e maturidade, e vou continuando a trabalhar, querendo sempre evoluir. É o que tento fazer: trabalhar e evoluir, aqui na Seleção», reconheceu.

E a Áustria, o que esperar do próximo adversário? «Sabemos que é uma equipa muito bem organizada, defensiva e ofensivamente. Será um jogo difícil, como têm sido todos ao longo deste Europeu. Mesmo para as equipas mais favoritas não tem havido jogos fáceis. Estamos focados em nós e no que temos de fazer. Acredito que amanhã, mesmo conhecendo bem a Áustria, o que é muito importante, é ainda mais sabermos o que temos de fazer.»