Iberdrola anunciou hoje que apresentou a melhor proposta para a construção das barragens de Gouvães, Padroselos, Alto Tâmega e Daivões, que vai implicar um investimento superior a 1.000 milhões de euros, adianta a «Lusa».

Com a construção destas quatro barragens, a Iberdrola ficará com uma quota de 15 por cento do mercado português de produção hidroeléctrica.

A eléctrica espanhola refere que o seu projecto industrial ultrapassa os apresentados pela EDP e Unión Fenosa.

O presidente do Instituto da Água (INAG), Orlando Borges, avançou à «Lusa» que a proposta da Iberdrola para a concessão das quatro barragens é de 303,7 milhões de euros.

O complexo hidroeléctrico terá uma potência de 1.134 megawatts (MW), com uma produção anual prevista de 1.900 MW, e um investimento de 1.000 milhões de euros concentrados entre 2012 e 2018.

A empresa adiantou que a adjudicação da concessão, à espera de uma resolução oficial, prevê a exploração das barragens durante 65 anos.

A Iberdrola considera que poderá optimizar os custos de exploração destas barragens, dada a sua proximidade à Galiza, para onde está previsto um reforço das interligações eléctricas, e aos aproveitamentos espanhóis no Douro e no Sil.

O Plano Estratégico 2008-2010 prevê a aposta da Iberdrola nas centrais hidroeléctricas de bombagem. Além das barragens, a Iberdrola está a construir uma central de ciclo combinado de 800 MW na Figueira da Foz.

A decisão do INAG relativamente à adjudicação do concurso deverá ser tomada este mês.