A população estrangeira a viver legalmente em Portugal aumentou cerca de quatro por cento no ano passado face a 2006, apesar de terem diminuído os imigrantes de Cabo Verde, Brasil e Ucrânia, revelam dados provisórios do Segundo o Serviço de Estrangeiros e Fronteiras (SEF), citados pela «Lusa».

De acordo com o SEF, em 2006 viviam legalmente no país 420.189 imigrantes, número que aumentou no ano passado para 435.736.

As comunidades mais numerosas continuam a ser a brasileira, ucraniana e cabo-verdiana, que, no entanto, estão a optar por sair de Portugal.

Cerca de dois mil ucranianos deixaram o país no ano passado, vivendo actualmente 39.480. O número de brasileiros diminuiu cerca de dois por cento, passando dos 68.013 em 2006 para 66.354 no ano passado. Também a comunidade cabo-verdiana registou uma diminuição de cerca de 2%, enquanto em 2006 eram 65.515, no ano passado estavam inscritos no SEF 63.925.

Os dados do SEF mostram que a comunidade que mais cresceu em Portugal é a oriunda da Roménia, que passou dos 11.431 para os 19.155.

O número de cidadãos do Reino Unido e da Espanha também aumentou, residindo no país 23.608 ingleses e 18.030 espanhóis.

De acordo com os dados, a comunidade brasileira continua a ser mais numerosa (66.354), seguindo-se a cabo-verdiana (63.925) e a ucraniana (39.480).

O número de angolanos (32.728) e de guineenses (23.733) é também significativo, salienta o SEF.

Dos 435.736 estrangeiros, 401.612 tinham, em 2007, autorização de residência, 5.741 autorização de permanência e 28.383 vistos de longa duração.

Os dados provisórios do Serviço de Estrangeiros e Fronteiras referem também que vivem em Portugal mais homens (240.096) estrangeiros do que mulheres (195.640).

Uma grande parte dos imigrantes opta por viver no distrito de Lisboa (188.516), seguindo-se Faro (74.335), Setúbal (43.812) e Porto (28.013).