O seu Estádio da Luz era o «velhinho», não propriamente o novo, mas ainda assim Eusébio manifestou o desejo de, na hora da sua morte, dar uma última volta pelo estádio. Pela sua casa.

A família de Eusébio acompanhou este momento da tribuna presidencial, na companhia da direção presidida por Luís Filipe Vieira, assim como o plantel profissional de futebol, entre outros convidados.

Depois de ter estado em câmara ardente na entrada principal do estádio, o «Pantera Negra» foi ao relvado, onde foi recebido por cerca de quinze mil adeptos. O carro fúnebre entrou por uma das portas, debaixo de enorme ovação, e parou junto à linha de meio-campo, para depois o caixão ser levado até ao grande círculo.

E foi ali, no centro do relvado, que Eusébio ouviu o hino do Benfica, tocado na instalação sonora no estádio e cantado pelos adeptos.

Ainda antes do caixão entrar já as claques entoavam cânticos de homenagem a um ídolo, enquanto se agitava uma bandeira com o rosto do «King».

O caixão voltou depois para o carro fúnebre ao som do Hino Nacional, para depois dar a última volta ao estádio, enquanto nos ecrãs gigantes passavam imagens da carreira de Eusébio.

Eram 13h56 quando Eusébio se despediu da Luz. Segue-se a despedida da cidade, do país.