Neno diz que é o homem mais feliz do Mundo por ter tido a oportunidade de conviver com Eusébio no Benfica. O antigo guarda-redes lembra os primeiros contatos com o Pantera Negra na cerimónia de trasladação do antigo avançado para o Panteão Nacional.
 
«Ao início era intimidante, até tinha dificuldade em falar com ele. Lembro-me que quando ele me mandava para a baliza, porque na altura era treinador, cada remate que fazia era golo, eu nem saía do chão. Para nós, para o Silvino e para mim, era muito complicado. Ele era como um inimigo, entre aspas, para nós, ele era o ponta de lança e nós eramos guarda-redes. Mas isso foi só ao princípio, depois quando apanhámos o jeito e defendíamos, era uma coisa que dava moral a qualquer pessoa», destacou.
 
Para Neno, foi, acima de tudo, uma honra ter convivido com o Pantera Negra. «Os grandes exemplos que ele deixou é que fazem dele o ídolo que ele é. Deixou um legado que mais ninguém tem. Era um ídolo do Mundo, íamos lá fora e só se falava no Eusébio. Ter privado com ele, ter trabalhado com ele, aprendido com ele, ter ouvido coisas dele, faz de mim o homem mais feliz do Mundo. Foi um homem que deu tanto que merece todas as homenagens, pelo homem que foi, nem estou a fala do jogador», referiu ainda o antigo guarda-redes.