Adriano Louzada continua a treinar à margem do plantel do F.C. Porto, numa situação que se arrasta desde o início da presente temporada. O avançado brasileiro tem contrato com os dragões até 2010 e rejeitou várias possibilidades de empréstimo ou cedência definitiva. «Ele não queria sair desta forma do Porto», explica o empresário Esau Elias, ao Maisfutebol.
Ao longo destes oito meses, as partes remeteram-se ao silêncio. Adriano acatou a decisão do F.C. Porto, mantendo a esperança de ser reintegrado a qualquer momento, e desloca-se diariamente ao Olival para treinar num horário diferenciado, na companhia de um preparador físico dos dragões.
A 1 de Julho de 2008, o avançado brasileiro garantia aos jornalistas que ia continuar no plantel do F.C. Porto. «Quero mostrar ao professor que tenho condições de jogar. Quando tiver a oportunidade, quero agarrá-la e não sair mais da equipa», dizia. «É muito estranha, esta situação. Não temos nada a apontar ao F.C. Porto, que sempre deu todas as condições ao Adriano, mas o professor Jesualdo Ferreira disse que não contava mais com ele», refere o agente do avançado.
«É verdade que ele recusou várias propostas em Janeiro, muito boas do ponto de vista financeiro, até para ele, mas foi porque ele gosta do Porto, da cidade e do clube, e queria sair como goleador, não assim. Sinceramente, não queria estar na pele dele. Ganhou cinco títulos no F.C. Porto, é tricampeão, foi duas vezes melhor marcador da equipa, mesmo jogando meia época, mas depois lesionou-se, parou dois ou três meses, e já não voltou. Vamos esperar, vai surgir uma boa possibilidade agora no Verão», conclui Esau Elias.
«Fui a Portugal dar-lhe uma força»
A família de Adriano vai acompanhando a situação à distância. Aos 30 anos, o avançado brasileiro estuda várias soluções para o futuro, enquanto lida com uma situação complicada no dia-a-dia. O irmão, André Louzada, atravessou o Atlântico para passar alguns meses em Portugal, dando apoio ao jogador.
«Sinceramente, custou vê-lo naquela situação. Ia de tarde para os treinos, treinava lá sozinho com um preparador-físico e vinha para casa. E pronto, estava feito o seu dia. Fui a Portugal dar-lhe uma força, porque esta é uma situação que sequer muita força de vontade», refere André.
O irmão de Adriano reforça o desejo permanente do jogador. «Ele sempre pensou que voltaria ao plantel. Ele gosta muito do F.C. Porto, já mostrou o seu valor e qualidade para estar no plantel, pelo menos. É uma pena, mas agora vamos esperar e ver o que acontece no final da época. Ele continua a ter vários interessados», conclui, em conversa com o Maisfutebol.