Entre Setembro de 2008 e 31 de Dezembro do mesmo ano, sublinha Augusto Morais, «faliram 20 mil micro, pequenas e médias empresas deitando cá para fora cem mil postos de trabalho». E nos dois primeiros meses de 2009, as falências, assegura, «são imensamente galopantes». A conclusão é óbvia: Teixeira dos Santos «é um mau ministro das Finanças».
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A cobrança cega de impostos às empresas e as consequências que isso acarreta também merecem a crítica do presidente da Associação Nacional das Pequenas e Médias Empresas: «O Sr. ministro das fInanças não pode, de maneira alguma, entrar num terrorismo fiscal para cobrar impostos para fazer cumprir o Pacto de Estabilidade Europeu porque depois o ministro do Emprego vai ter de dar o dinheiro por outro lado aos trabalhadores que ficam no desemprego».
Em entrevista ao RCP, Augusto Morais duvida mesmo que, da maneira que as coisas estão a evoluir (empresas a falir e desemprego a aumentar), o Estado «tenha dinheiro sequer para pagar aos funcionários públicos». Diz também que, perante este cenário e com o País sem capacidade de endividamento, fica «estarrecido» quando ouve anunciar grandes obras públicas.
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