Jhonder Cadiz saltou do banco, já na segunda parte, para marcar o golo que valeu a vitória ao Famalicão frente a um Farense que jogou mais de meia hora em inferioridade numérica. Os famalicenses controlaram as operações, tiveram mais posse de bola, mas pertenceu à formação algarvia as melhores oportunidades.

Depois da vitória em Braga e da boa performance frente ao Sporting, a equipa de João Pedro Sousa voltou a conquistar três pontos e a dar um salto na tabela classificativa, colando-se, para já, ao Boavista. Já a turma de José Mota, depois de ter aplicado chapa cinco ao Chaves, voltou a perder, mas também deixou boas indicações.

Famalicão muda cinco

João Pedro Sousa não esteve com meias medidas e fez cinco alterações de uma assentada em relação ao jogo de Alvalade, mexendo em todos os setores da equipa. Na defesa Justin rendeu Otávio; no meio-campo, Gustavo Assunção e Gustavo Sá saíram para dar lugar a Lacoux e Liimatta; e, no ataque, Puma Rodriguez e Henrique Araújo substituíram Dobre e Cadiz. Já José Mota utilizou a velha máxima do futebol, em que equipa que ganha não se mexe, e apresentou o mesmo onze que goleou em casa o Chaves.

Os famalicenses entraram a mandar no jogo, mas faltava intensidade à equipa e velocidade no jogo. A turma algarvia entrou mais na expetativa e à espera de uma recuperação de bola para sair em transição rápida para o ataque. E acabou por ser assim que criou perigo. Num cruzamento de Marco Matias, Cláudio Falcão cabeceou rente ao poste.

Puma Rodriguez tentou dar a resposta, porém, após boa jogada individual, rematou ao lado. Os locais mandaram durante todo o primeiro tempo e tinham várias aproximações perigosas à baliza visitante, faltando sempre alguma coisas para terminar a jogada com eficácia. E voltaram a ser os algarvios a ficar mais perto do golo, já depois de um bom remate de Aranda.

Matheus Oliveira pegou no esférico e, ainda de longe, disparou uma bomba que esbarrou com estrondo no poste. Grande remate do médio do Farense a ficar perto do golo. Até ao descanso, a toada de jogo manteve-se e o resultado não saiu do zero.

Cadiz, o salvador

O Famalicão voltou a entrar melhor, com mais bola, mas a papel químico da primeira parte, foi o Farense a primeira equipa a criar perigo. Marco Matias pegou no esférico à entrada da área e rematou para espetacular voo de Luiz Júnior. Do outro lado, voltou a ser Puma Rodriguez a criar perigo e, desta feita, foi Ricardo Velho a brilhar, com uma fantástica defesa.

Se a formação algarvia já sentia dificuldades, pior ficou com a expulsão de Muscat, que teve uma entrada dura sobre Puma Rodriguez. João Pedro Sousa mexeu para dar maior acutilância ofensiva aos locais, enquanto José Mota teve de reforçar a defesa. Apesar de continuar a sentir dificuldades em entrar na bem organizada defensiva forasteira, Aranda ficou perto do golo com um remate cruzado.

O golo acabou por surgir a dez minutos do fim. Francisco Moura tirou um cruzamento teleguiado desde a esquerda e Cadiz a saltar mais alto do que toda a gente e a cabecear para o fundo das redes. Estava feito o mais difícil e esperava-se que os locais tentassem chegar ao segundo.

Mesmo em inferioridade numérica, o Farense continuou a dar boa réplica e ainda tentou chegar ao empate, contudo a manta não esticou o suficiente para chegar ao golo e acabou por sair do Minho sem pontos.