O treinador do Olhanense, Daúto Faquirá, e o da Académica, José Guilherme, em declarações após a vitória dos algarvios por 2-1m na ronda 17 da liga:

Daúto Faquirá:

«Foi um jogo de sofrimento. Quando fiz a antevisão do jogo, já sabia que ia ser bastante complicado. Nós encontrámos um opositor que se revelou um conjunto muito homogéneo, fortíssimo nas transições, com 19 pontos como nós, e ia ser muito difícil, pois o treinador disse que vinham a Olhão para ganhar. Preparámo-nos bem, mesmo com pouco tempo para o fazer. O jogo não nos começou a correr de feição, sofremos um golo, obrigando a equipa a esforço redobrado. A vitória, como aconteceu, com todas as contingências e dificuldades, com jogadores em inferioridade física (Maurício, Paulo Sergio, Adilson, que não entrou), e perante este quadro, deixa-me satisfeito, pelo carácter dos jogadores e perante um adversário que fez jus ao que já esperávamos. Foi uma vitória super saborosa para nós e estamos mais perto do que queríamos.»

E a arbitragem, tem visão sobre lances decisivos?

«Tenho sempre visão dos lances. A análise que faço desses dois lances, assim como dos foras-de-jogo em que Djalmir ia partir isolado, tal como o do golo anulado ao Jorge Gonçalves, tenho visão sobre eles, mas guardo sempre para mim essa visão.»



José Guilherme:

«Não foi um jogo muito bem jogado, mas bastante disputado entre duas equipas que queriam ganhar a partida e isso levou a que o jogo não tivesse grande qualidade técnica, mas fosse bastante disputado. Ganhou o Olhanense e, por isso, parabéns ao Olhanense»

«Se o resultado é justo? No futebol não há justiça, há jogo, eles marcaram 2 golos contra 1 nosso. Foi um jogo bastante equilibrado, podia ter caído para um lado ou outro, mas, infelizmente, foi para o lado do Olhanense. Temos de olhar em frente e ir buscar os pontos que perdemos aqui noutros sítios.»

Depois do golo, a equipa caiu de produção?

«Talvez isso tenha acontecido. Entrámos bem, podíamos ter feito o golo mais cedo, com uma bola à barra. Seguiu-se a reacção do Olhanense ao nosso golo e nós devíamos ter controlado melhor o jogo, não o conseguimos fazer, cometemos erros defensivos que deram o empate e, a partir daí, houve da nossa parte um jogo não da forma como devíamos ter jogado. Não o fizemos da melhor forma, fomos sempre ao encontro daquilo que é o jogo do Olhanense. Preparámos o jogo de outro modo, mas não o conseguimos pôr em prática.»



Tem opinião sobre lances decisivos?

«Nós falhámos muito, o Olhanense também falhou, por isso é normal os árbitros terem decisões que não são as mais correctas. Na grande penalidade assinalada ao Luiz Nunes, o árbitro considera que é mão, mas eu penso que não. E penso que no final da partida há grande penalidade mas o árbitro assim não considerou. Mas não foi só por causa disso que perdemos, perdemos porque podíamos ter jogado melhor, e de outra forma, e perdemos o jogo fundamentalmente por causa disso.»