Duas bolas nos ferros e uma primeira parte de grande desinspiração. Assim se resume o empate desta noite a zero entre Farense e Estrela da Amadora, no arranque da 14ª jornada.

O primeiro tempo no S. Luís facilmente se descreve: foi um longo bocejo. A noite estava fria e não foi certamente o futebol praticado no relvado que animou os milhares de adeptos nas bancadas.

De um lado, um Estrela desfalcado, só com um central disponível e obrigado a adaptar dois laterais; do outro, um Farense que não mudou ninguém no 11 e de quem se esperava mais depois do empate na Luz na última ronda.

Os algarvios até entraram melhor, dominando os primeiros 10 minutos… mas sem chances.

Mattheus – cada vez mais o comandante deste Farense – era um dos mais inconformados.

O Estrela foi crescendo e, em abono da verdade, até teve a única grande chance do primeiro tempo.

Ao minuto 31, um cabeceamento de Vitó, após canto batido pela direita, passou perto da barra da baliza de Ricardo Velho, apesar de o guarda-redes parecer ter o lance sob controlo.

Os restantes 45 minutos foram um recital de futebol a meio-campo, de passes sem perigo e de falta de criatividade.

Apesar das más indicações, nem José Mota, nem Sérgio Vieira mudaram qualquer jogador para a segunda parte.

Os mesmos 22 mostraram, todavia, outra atitude. O Farense voltou a entrar melhor, mas, desta feita, com lances de real perigo.

O primeiro aconteceu aos 55m, com Mattheus Oliveira a quase marcar de canto direto. A bola bateu no poste e, na recarga, foi Zach Muscat a ficar perto do golo.

Logo depois, Bruno Duarte também teve uma boa chance: não fosse a grande defesa de Wagner, estaria inaugurado o marcador.

Com os minutos a passar e o nulo sem desatar, Sérgio Vieira e José Mota viram-se obrigados a fazer mudanças.

Nomes como Rui Costa, Fabrício e Elves Baldé (Farense) e Regis e Ronaldo Tavares (Estrela) foram chamados ao jogo... mas sem verdadeiro impacto.

Apesar de não ter havido golos, o melhor estava guardado para o final. Em dois minutos, o Estrela teve duas ocasiões soberanas para marcar – aos 81, valeu a defesa de Ricardo Velho em cima da linha de golo e, aos 82, a barra que impediu o golo de Ronaldo Tavares.

O nulo ajustou-se a um jogo sem grande história.