Jorge Costa, treinador do Farense, em conferência de imprensa, depois da derrota na receção ao Sp. Braga (1-2), em jogo da 25.ª jornada da Liga:

Acima de tudo, faltou eficácia. Nós jogámos contra um dos grandes, umas das melhores equipas do nosso campeonato, uma equipa que tem muita qualidade com e sem bola. Acho que foi mais mérito nosso, do que demérito do Sporting de Braga, as escassíssimas oportunidades que o Braga teve para marcar. Controlámos sempre o jogo com e sem bola, fechámos muito bem os espaços interiores, onde o Braga é fortíssimo, conseguimos sair em transições rápidas e conseguimos criar oportunidades claríssimas de golo.

- Em alta competição, principalmente quando defrontamos uma equipa de grande qualidade, quando não és eficaz, normalmente não és feliz no final. Não me vou agarrar à sorte ou ao azar, porque isso vale pouco. A justificação para não levarmos nenhum ponto hoje tem que ver com isso, com a falta de eficácia nas muitas oportunidades que tivemos para marcar e em que devíamos ter sido bem mais letais.

[Melhor segunda-parte desde que está no Farense?]
- Já no último jogo no Bessa fizemos uma primeira parte fabulosa, em que podíamos estar a vencer por dois ou três e também fomos ineficazes. Hoje, acho que foi o jogo todo: uma primeira parte mais dividida e nós um pouco mais receosos, mas na segunda parte libertámo-nos. Eu acompanho todos os jogos do campeonato português e não me lembro de ver uma equipa como o Sporting de Braga a conceder tantas oportunidades de golo ao adversário.

- Tem de ser, obrigatoriamente, mérito nosso. Estivemos bem organizados, bem compactos, determinados, com coragem, jogando olhos nos olhos, com muita qualidade, mas no final – e com isto quero dizer que não acredito em vitórias morais –, vamos daqui com zero pontos, o que me deixa triste. Mas não posso ser egoísta ao ponto de não estar contente com o trabalho dos jogadores: deram o máximo, fizeram o que lhes foi pedido e depois a questão da eficácia é um caso à parte.