Nem sorrisos, nem lágrimas. Farense e Rio Ave lutavam por uma maior tranquilidade na classificação, mas, no final, o empate não satisfez ninguém… mas também não comprometeu.

Os algarvios continuam a estar um pouco mais calmos, com 27 pontos, enquanto o Rio Ave soma 25. Ainda assim, quando faltam oito jornadas para o final do campeonato, as distâncias são tão curtas que tudo está em aberto.

É certo que ambas as equipas não vinham de bons resultados: o Farense somava quatro derrotas consecutivas; o Rio Ave, três empates seguidos.

Ainda assim, eram fases diferentes. E porquê? Porque, nesse rol de empates, o Rio Ave tinha conseguido parar tanto Sporting, como Braga. Já o Farense tinha perdido, na última jornada, no terreno do Vizela, rival direto na luta pela manutenção.

O jogo prometia: Luís Freire é um dos bons treinadores do nosso campeonato e o Farense, a jogar em casa, é sempre uma equipa temível (muito à conta do apoio dos adeptos).

Mas a partida começou algo amarrada, sem grandes chances de perigo.

O Farense apresentou duas alterações face ao jogo com o Vizela (saídas de Pastor e Caseres para entradas de Fran Delgado e Mattheus Oliveira) e o Rio Ave três (Patrick, Josué e João Teixeira substituíram Pantalon, Miguel Nóbrega e Fábio Ronaldo).

A primeira oportunidade seria para o Farense e quase resultava num grande golo de Gonçalo Silva! Ainda atrás do meio campo, o central tentou surpreendeu Jhonatan que teve de se esticar todo para impedir um golo de antologia.

A partir desse momento – ao minuto 17 – os algarvios pegaram no jogo.

O Rio Ave até tinha mais bola, mas essencialmente devido às repetidas trocas de passes entre os três centrais. Na frente, Embaló ainda lutava, mas sem grandes consequências.

Até que o Farense chegou à justa vantagem. Tudo começou num passe errado de Adrien Silva, Fran Delgado abriu rapidamente para Zé Luís que rematou para defesa de Jhonatan.

Na recarga, Fabrício, que cumpriu o jogo 200 ao serviço do Farense, colocou a bola no fundo das redes.

Estavam jogados 31 minutos e, até ao intervalo, os algarvios tiveram o mérito de conseguir gerir a vantagem, dando boas indicações para a segunda parte.

Luís Freire percebeu que tinha de mudar e, no reatamento, lançou logo Boateng e Fábio Ronaldo para os lugares de Adrien Silva e Joca.

E o resultado… apareceu quase de imediato. Ao minuto 50, Josué cruzou tenso e Boateng antecipou-se aos centrais do Farense para, de cabeça, fazer o empate.

A partida estava relançada. Com o resultado incerto – e numa altura em que ambas as equipas precisam urgentemente de pontos -, Farense e Rio Ave não quiseram, sobretudo, perder.

Apesar desse respeito mútuo, a verdade é que os dois emblemas tiveram uma chance soberana, cada um, para conseguir mesmo os três desejados pontos.

Primeiro foi o Farense, por Zé Luís, ao minuto 67. Talys trabalhou bem na esquerda, cruzou e Zé Luís, com um cabeceamento potente, obrigou Jhonatan a uma defesa apertada.

Depois, foi o Rio Ave, aos 78m. Yakubu Aziz cruzou para Boateng que, no centro da área, fez o mais difícil: falhar. O avançado entrou de carrinho e quase parecia um central, cortando a bola.

No final, manteve-se o empate. Sem euforias, nem depressões.