[O empate reflete o que foi o jogo?]

Cada equipa marcou um golo, portanto quando assim é… temos de aceitar o resultado. Acho que foi um jogo intenso, muitas vezes bem jogado, com as equipas a dedicarem-se, mas também sem arriscar muito porque percebem o quão importante é, nesta fase, somar.

Nós sabemos e temos visto o Rio Ave jogar: o valor que esta equipa tem. É uma equipa difícil, se olharmos para os resultados que tem feito.

Nós conseguimos fazer um golo, obrigámos o Rio Ave muitas vezes a recuar e explorámos muito bem as transições e a profundidade. Tivemos mais uma ou outra situação de golo que podíamos ter concretizado e jogo ficaria ali resolvido…

Mas a verdade é que o Rio Ave tem boas soluções. Ao intervalo estávamos a vencer 1-0, penso que justamente.

Com as alterações produzidas, o Rio Ave obrigou-nos a recuar, tivemos de nos readaptar e, numa jogada de cruzamento, onde podíamos e deveríamos ter estado mais organizados, sofremos o golo do empate.

Eu percebi que o jogo estava bastante difícil porque não havia muito espaço para jogar e o Rio Ave não abriu muito do seu meio-campo, nem nos deu espaço.

Com as alterações, tentei chegar com mais agressividade no meio dos centrais, tivemos ainda uma excelente oportunidade do Zé Luís, mas a verdade é que o Rio Ave quis-me parecer que também já estava satisfeito com o empate.

É muito difícil, nesta fase, conseguir uma vitória. Há um equilíbrio muito grande e a equipas, quando estão a ganhar, têm de saber segurar essa vantagem: nós não o conseguimos e deveríamos tê-lo feito porque tínhamos condições para tal.

Tenho de aceitar o empate: não era o resultado que queria, que os meus jogadores queriam, tudo fizemos para que as coisas acontecessem.

[A ausência do Pastor foi por lesão ou por decisão sua?]

Foi por opção. É normal isso.