[O resultado reflete o que foi o jogo ou houve golos a mais?]

Não reflete. Para quem não viu o jogo, poderá pensar que houve uma superioridade do Casa Pia, mas, quem o viu, repara que tal não se verificou. Se formos avaliar os lances dos golos, vamos perceber que, claro que o adversário teve mérito, mas também houve demérito da nossa parte. O primeiro golo é um lance de bola parada, em que a marcação falhou, o segundo acontece daquela maneira e o terceiro também poderia não ter acontecido.

É claro que nós defrontámos um adversário com muita experiência. Talvez a equipa, na defesa, mais experiente da Liga, com jogadores como o Vasco Fernandes, que têm maturidade para perceber e para fazerem, muitas vezes, o jogo virar. A experiência no futebol é muito importante.

Nós não fomos inferiores ao Casa Pia: disputámos o jogo pelo jogo. Sofremos o primeiro golo, tivemos uma boa reação, tivemos várias oportunidades na primeira parte. Poderíamos e merecíamos estar, pelo menos, empatados na primeira parte.

Na segunda parte, também tentámos, com as alterações, mas a verdade é que o Casa Pia se posiciona muito bem, sempre com muitos homens atrás da linha da bola, não nos deu muito espaço e tentou sair em transição.

Não conseguiu dessa forma [em transição], mas conseguiu mais dois golos que foram demasiado penalizadores porque não fomos inferiores ao Casa Pia.

[Ficou com mais certezas de que precisa de reforços?]

Nós sabemos quais são as nossas limitações e reconhecemo-las: precisamos de mais jogadores e precisamos de experiência. Eu, em vários momentos, gostei muito da equipa, apesar de não ter tido aqueles momentos que muitas vezes são importantes no futebol, como a sorte, fazer golo, mas a equipa lutou, jogou, mas no último terço esteve sempre muitas dificuldades também pelo excelente posicionamento do Casa Pia.

Temos de dar os parabéns ao adversário, mas também é verdade que foi um resultado demasiado pesado para aquilo que aconteceu. Não merecíamos este resultado.