O FC Maia decidiu extinguir a equipa de futebol sénior, na sequência da exclusão da Série B da III Divisão, decretada pelo Conselho de Disciplina da Federação Portuguesa de Futebol, devido às dívidas acumuladas pelo clube.
António Fernando e Silva, presidente da Comissão Administrativa do clube, entende ter existido «actuação discriminatória» da federação. «Foi o nosso único inimigo, o que é no mínimo insólito e surreal», disse o dirigente à Agência Lusa.
O líder do emblema maiato acusa o organismo que tutela o futebol português de ter ido «desencantar um regulamento para excluir o clube», algo que, considera, não fez noutros casos. «O Vila Real jogou em Leça sem ter os necessários doze jogadores inscritos, mas a FPF não lhe aplicou, de véspera, o regulamento que nos aplicou a nós, anulando o jogo e obrigando-nos a somar nova falta de comparência», acusou.
Fernando e Silva considera mesmo que «houve perseguição», alegando que existia acordo com o Lixa para adiar o jogo entre os dois clubes. A F.P.F. entendeu, no entanto, que o adiamento foi lesivo para o futebol português. O dirigente explicou ainda que conseguiu reunir os 340 mil euros necessários para levantar os impedimentos aplicados ao clube, mas que nessa altura surgiu um acréscimo de 40 mil euros para pagar.
O fim do futebol sénior do FC Maia surge sete anos depois de o clube ter estado às portas do principal escalão. A equipa então orientada por Mário Reis venceu em Espinho por 3-2, e ainda sonhou com a promoção, mas o Vitória de Setúbal também venceu, com um tento de Meyong em período de compensação, e ficou com a festa.