Leonardo Jardim tocou num ponto essencial, no final do jogo em Alvalade: não é habitual ver o FC Porto ser assim tão pressionado.

Creio que isso sucedeu por duas ou três razões.

1. Mau jogo de Herrera. Mais uma vez o mexicano esteve mal. Paulo Fonseca insiste nele e ele insiste em deixa ro treinador ficar mal.

2. Pouco ataque. Ghilas viu-se uma vez, Licá esteve muita vezes distante e apenas Varela se fez notar, de vez em quando. Na prática, o FC Porto não conseguiu segurar a bola na frente. Logo, não deu tempo aos laterais para subir. A equipa partiu-se muitas vezes, permitindo ao Sporting que atacasse de forma rápida.

3. Carlos Eduardo bem marcado. Desta vez o médio brasileiro não conseguiu ligar a equipa. Porque o Sporting funcionou muito bem no meio-campo e porque o adversário, naturalmente, já estava avisado. A expulsão não ajudou.

O FC Porto fez um jogo menor em Alvalade e no final não ajudou ouvir Paulo Fonseca dizer que a estratégia para a partida foi «cautelosa». Esta forma de encarar um jogo é pouco comum no Dragão. E admitir que assim é deve ser inédito.

Tudo somado, a única coisa boa (além do empate a zero, enfim...) foi perceber que Fabiano de facto é bom guarda-redes. Mas ninguém dirá que o principal problema da equipa nesta metade da época esteve na baliza, pois não?