Minuto 87 do FC Porto-Boavista.

Neste espaço poderia perfeitamente estar o golo inaugural do Benfica, que encarrilou o título. Ou o 2-1 do Rio Ave em casa do União da Madeira, marcado por Hélder Postiga, que valeu apuramento europeu e atirou o rival para a II Liga. Ou ainda o golo de Pica, do Tondela, que começou a escrever o final de uma das histórias mais incríveis da época.

Escolhemos André Silva, pelo simbolismo do momento. O primeiro final feliz no início de uma carreira promissora.

O jovem avançado que fez uma primeira volta fantástica na equipa B, contribuindo muito para o título de campeão, vinha a receber minutos na formação principal de há várias jornadas a esta parte mas faltava aquilo que alimenta qualquer ponta de lança: o golo.

Estava lá o trabalho, a raça e o empenho. Até na assistência para Miguel Layún se viu. Quando Carlos Xistra assinalou grande penalidade com o resultado em 2-0 e Brahimi pegou na bola, vários adeptos não gostaram. Queriam André Silva.

Talvez o risco fosse bem maior do que o proveito de um golo apontado dessa forma. Por isso, veio o final feliz que queria. Um passe a rasgar, bola controlada, drible ao guarda-redes e pontapé certeiro. Um momento de pura felicidade. Os portistas espera, agora, os próximos capítulos.