Vítor Campelos, treinador do Gil Vicente, na sala de imprensa, após igualdade (1-1) frente ao FC Porto:

«Sabíamos que íamos defrontar uma equipa fortíssima, que ganhou na quarta-feira ao Arsenal, sabíamos que tínhamos de ser uma equipa muito organizada e a primeira parte acabou por ser equilibrada.

No início da segunda parte o FC Porto entrou muito forte, chegou ao golo, depois disso criou algumas oportunidades que podia ter voltado a marcar, temos de ter a humildade de assumir isso, tivemos uma pontinha de sorte. Fomos arriscando, arriscamos tudo e, no final de jogo, acabámos por ter uma pontinha de sorte, mas merecida, para chegar à igualdade.

[o segredo foi acreditar?] Foi o acreditar e as substituições também foram de encontro ao que pretendíamos. Depois há momentos de intuição e de sorte. Eu disse ao Buta para cruzar e meter a bola ao segundo poste, a zona em que o FC Porto estava mais vulnerável e quando o Thomas entrou recebeu instruções para atacar ali. São momentos de sorte.

[a equipa teve pouca bola na primeira parte. Foi estratégia?] Muitas das vezes uma equipa joga o que a outra deixa. Defrontamos uma equipa com o poderio do FC Porto e com o decorrer do jogo os jogadores também foram acreditando. Naquilo que tínhamos preparado para o jogo, tínhamos um meio-campo mais musculado para tentar explorar depois o um para um do Tidjany.

Na segunda parte fomos arriscando e acrescentando jogadores de cariz ofensivo e com jogadores que pudessem ter mais bola. Fomos alterando para tentar chegar ao empate. O FC Porto, após o 1-0, teve oportunidades para sentenciar o jogo, mas não o fez e acabámos por ser premiados no final».