José Peseiro esteve esta manhã em Setúbal, no Forum de Treinadores, onde falou do treino de futebol, da carreira e (ainda que com reservas) do FC Porto.

Pelo meio comentou também o caso de indisciplina de Maicon.

«Indisciplina? Se calhar não é indisciplina, se calhar é fraqueza», começou por dizer.

«Quando tu erras na rádio ou na televisão, podes emendar. O Maicon quando cometeu aquele erro não pôde emendar. E nem toda a gente consegue lidar com isso. Há homens que não são fortes o suficiente para conseguir lidar com o erro.»

Por isso a saída do FC Porto, que se consumou com o regresso ao Brasil, tornou-se a única alternativa para um jogador que não conseguia lidar com o erro.

«A primeira coisa que lhe disse foi ‘fica aí, que vais fazer o golo do empate’. Não resultou, o que posso fazer? Não tinha uma pistola para lhe apontar e obrigar a ficar em campo... Os jogadores não são marionetas, são seres efetivos de um processo.»

Ora o certo é que o plantel do FC Porto foi ficando mais curto e chega ao cúmulo de esta semana, com a saída de vários atletas para as seleções e com outros parados por lesão, o plantel principal portista só ter cinco jogadores para treinar.

Claro que vão surgir jovens da equipa B e dos juniores, para completar o grupo, mas do plantel principal José Peseiro só vai ter cinco jogadores.

«Mas isso já estava previsto e preparado», explicou o treinador.

«Dependemos de um negócio e temos de nos adaptar a este negócio. O dinheiro que ganhamos e o protagonismo que temos depende do tamanho do negócio. Por isso temos de nos adaptar a esta necessidade de ficar sem os melhores jogadores.»