Jorge Sánchez, lateral mexicano cedido pelo Ajax ao FC Porto, soma apenas 26 minutos na equipa de Sérgio Conceição (8m na Liga, 18m na Champions), mas acaba de fazer 90 ao serviço da seleção, num particular com o Gana, e, em declarações às plataformas da federação mexicana, diz que vai dar tudo para singrar no clube do Dragão.

«Estou muito feliz porque cheguei a uma grande equipa onde tenho objetivos importantes. Chego a um clube grande de Portugal e tenho de assumir a responsabilidade de fazer o melhor possível para primeiro poder ganhar um lugar e, quando tiver oportunidades, tentar fazer bem as coisas para poder jogar. Sou uma pessoa que estabelece muito objetivos, tenho metas curtas e a longo prazo a alcançar na minha vida. Tenho conseguido alguns com muita dedicação, mas tenho muitos objetivos para alcançar em Portugal», destacou.

Apesar dos poucos minutos esta época, Sánchez está determinado em dar o seu melhor, caso tenha uma oportunidade. «Pessoalmente não gosto que olhem para os mexicanos como conformistas, eu tento sempre dar mais um passo, sou como todos os mexicanos que lutam pelos seus objetivos, Saí da minha zona de conforto, estava feliz no América, mas quando surgiu a oportunidade, sabendo os riscos que corria, sabendo que podia jogar como podia não jogar, assumi essa responsabilidade e quero ir para a Europa. Sei que estou preparado e vou dar o meu melhor possível», referiu.

O lateral assume que não tem sido fácil adaptar-se à Europa e fala das dificuldades que sentiu em Amesterdão, quando assinou pelo Ajax. «É difícil quando mudas para uma cultura diferente. Sou uma pessoa muito chegada à família e aos amigos e não foi nada fácil. Cada país tem as suas regras. Por exemplo, em Amesterdão, podia estar três meses com a família, mas nos outros três meses não. Mas tens de adaptar-te a tudo isso, adaptar-te à forma de jogar dos teus companheiros, à língua», prosseguiu.

A mudança para Portugal foi mais fácil, uma vez que os mexicanos, na opinião de Sánchez, são mais parecidos com os portugueses. «Agora foi uma nova mudança para Portugal e estou muito feliz porque cheguei a um país onde as pessoas são muito parecidas com os mexicanos, come-se muito bem e a equipa é impressionante. Têm adeptos impressionantes, um estádio impressionante e estou convencido que vai ser um bom ano para mim», destacou.

Além de jogar pouco no FC Porto, o defesa também foi alvo de críticas na seleção do México. Um momento difícil que a esposa ajudou a superar. «Não tenho nada contra as pessoas, cada um vê as coisas como quer. Estava a falar com a minha esposa e estávamos os dois a chorar porque foram momentos muito difíceis. Ela disse-me, “tens consciência do que já conseguiste? Aos 25 anos já estiveste nas maiores equipas de três países [México, Países Baixos e Portugal]. Quantos campeonatos tens? Tens uma medalha olímpica, estás a jogar na Europa". Nesse momento dei-me conta que é isso que me motiva. Tenho uma história de vida complicada e orgulho-me do que já consegui», destacou ainda.