Saiu Paulo Fonseca, entrou Luís Castro e Steven Defour voltou a ser feliz. O tom simplista da frase esconde pormenores reveladores, porventura determinantes, mas não oculta o essencial: o internacional belga é novamente útil ao FC Porto a jogar na posição de que mais gosta.

Fonseca optou, desde o início, pela inversão do triângulo, mas nas primeiras jornadas do campeonato recorreu sempre a Defour. Fernando ocupava a posição seis, mais recuada, e Defour jogava ligeiramente mais à frente do Polvo e muito atrás de Lucho.

Para o campeonato, porém, Defour não era titular a desempenhar esta função desde o dia 22 de setembro de 2013, no empate em casa do Estoril. 2-2.

Daí para cá, e até à vitória por 4-1 sobre o Arouca, Defour foi só mais duas vezes titular e sempre por indisponibilidade de Fernando: na vitória por 2-0 ao Sp. Braga (7 de dezembro) e na derrota por 1-0 em casa do Marítimo (1 de fevereiro), Defour foi o trinco da equipa e andava triste.

Luís Castro regressou ao esquema dos anos anteriores, Defour voltou a ser box-to-box, com liberdade para rematar e surgir em zonas de finalização.

Rolão Preto treinou Defour no Standard; Miguel Areias foi colega de equipa do internacional belga. A opinião de ambos coincide: «a qualidade técnica permite-lhe jogar em zonas adiantadas do campo».

«Era determinante na nossa estratégia. Possui uma inteligência táctica fabulosa e é um excelente recuperador de bolas, incansável. Tinha uma influência igualmente decisiva a defender e a atacar, pois tecnicamente é muito evoluído», disse Rolão Preto em conversa com o nosso jornal.

«Não falhava um passe. Isso era o que mais me impressionava», completa Areias.

Luís Castro confia em Defour; a presença de Herrera na seleção do México tornou mais fácil esta ressurreição. Quase seis meses depois. É para continuar?