Gonçalo Paciência: fama na Bulgária, Vítor Pereira no coração

Se não viu estas imagens em fevereiro, tem mesmo de vê-las agora. Gonçalo Paciência arranca na esquerda e embrulha o lance com um drible extraordinário sobre um defesa do Marítimo B.

Aqui está o video:



Ora, para os céticos sobre a força da internet e das redes sociais, esta história é capaz de ser um bom desbloqueador de preconceito. Foi com este vídeo que Gonçalo se tornou famoso na… Bulgária.

O amigo Diogo Ally, a estudar atualmente nesse país do leste europeu, conta tudo ao Maisfutebol.

«Eu estava a ir para a praia e levava uma camisola do Gonçalo vestida. De repente, um búlgaro vem ter comigo e diz-me: eu conheço esse jogador, é o avançado que fez aquela finta espetacular. Eu nem queria acreditar», sorri Diogo, ele próprio um antigo futebolista do Futebol Clube da Foz.

Estamos a falar de fama, mas é importante e justo que se diga que Gonçalo Paciência é alérgico ao termo. Pelo menos, assim o garante quem melhor o conhece.

«É filho do Domingos, mas uma pessoa muito discreta. Sabe estar, não tem nada a mania. É muito engraçado, adora a risota», assegura Diogo Ally.

Bernardo Pessoa dá mais umas dicas: «não gosta de sair à noite, mas detesta estar sozinho. É mais rapaz para ir a uma esplanada beber um cafezinho, passar por um shopping ou então ficar por casa».

Cinema e Música? «Cinema nem tanto, música sim», conta Bernardo. «Especialmente reggae, hip-hop e brasileira». 

Hobbies à parte, Gonçalo até pode nem ser o último Paciência a aspirar pela glória no FC Porto. O irmão mais velho, João, de 22 anos, prefere surf e outros desportos aquáticos, mas Vasco, de 14, já é um dos mais prometedores nos iniciados azuis e brancos.

Curiosamente, foi nessa idade que Vítor Pereira, o técnico bicampeão nacional, surgiu na vida de Gonçalo. E na de Bernardo Pessoa.

«O Vítor acreditava muito nele, responsabilizava-o. Foi dos grandes treinadores que apanhámos. Por acaso até chocávamos bastante, mas por culpa minha. Eu ia para lá a dormir e o Vítor ficava louco. O mister ficou-nos no coração».