Maicon assinou pelo São Paulo, deixando em definitivo o FC Porto e numa grande entrevista ao UOL Esporte falou sobre os anos que passou no Dragão e abordou o caso que o fez sair da Invicta.
«Na verdade o FC Porto sabia do que estava a acontecer, os médicos sabiam, o diretor sabia, toda gente sabia o que estava acontecendo. Tive uma rutura muscular de três a quatro centímetros, tive duas recidivas, são coisas que não têm como esconder do diretor e do médico, que estava presente, o fisioterapeuta também estava presente. A maneira como eu saí do Porto... Fiquei um pouco chateado porque não vi ninguém a lutar por mim. Também não me criticaram, nenhum médico ou diretor falou mal de mim, só que eu esperava um pouco mais de compreensão e que tivessem dito realmente o que se passava. Mas o que guardo do FC Porto não é mágoa, tive momentos de muita felicidade, vou estar sempre a torcer pelos companheiros que ficaram. Agradeço muito, os meus dois filhos nasceram na cidade do Porto, então é uma cidade e um clube que vão marcar para sempre minha vida», afirmou o central.
Não há mágoa, alguma tristeza, por isso sai um agradecimento aos azuis e brancos: «Estive sete anos no FC Porto com bastantes glórias, bastantes títulos e títulos individuais também. Agradeço ao FC Porto de coração por me terem aberto as portas no futebol europeu.
Maicon está desde fevereiro no clube brasileiro, mas diz que ainda não está ao seu nível: «Se eu atingir o nível que estava no FC Porto há um ano atrás, acho que posso dar ainda mais alegrias aos adeptos do São Paulo. Vou procurar fazer isso ao máximo. Venho de um lesão que às vezes fica com uma fibrose, dói um pouco, mas não é nada que me prejudique, eu ainda consigo jogar 100% todos os jogos.»
A jogar num dos maiores clubes do seu país, Maicon não esconde um próximo objetivo: ser internacional.
«Tenho feito meu trabalho no São Paulo, um bom trabalho, vejo que posso crescer ainda mais, e com certeza que a seleção brasileira passa pelos meus objetivos. Tenho que crescer muito em conjunto com o São Paulo, e acredito que possa conseguir esse objetivo.»
