Jos Verstappen, pai do campeão do Mundo de Fórmula 1 e líder do Mundial Max Verstappen, criticou a estratégia da Red Bull no Grande Prémio do Mónaco, vencido por Sergio Pérez, colega de Max na equipa austríaca.

«A Red Bull alcançou um bom resultado, mas ao mesmo tempo exerceu pouca influência para ajudar o Max a chegar à frente. Acabou em terceiro e deve isso ao erro da Ferrari na segunda paragem do Charles Leclerc. O líder do campeonato, Max, não foi ajudado na estratégia escolhida e isso favoreceu completamente o Checo [Pérez]. Isso dececionou-me e gostaria que tivesse sido diferente. (...) Penso que deitaram fora dez pontos para o Max», referiu, considerando que o filho, que foi terceiro, podia ter vencido a corrida.

Jos Verstappen, que reagiu num texto publicado no site oficial de Max, não se ficou por aqui nas críticas à Red Bull e encontrou uma explicação para o fim de semana difícil de Max no circuito monegasco. «O carro ainda não tem características que favoreçam o estilo de pilotagem dele. Tem pouca aderência na parte dianteira e, especialmente no Mónaco, com todas aquelas curvas estreitas é preciso um carro que vire muito rápido.»

O antigo piloto, que competiu na Fórmula 1 na década de 90, também apontou o dedo à FIA pela forma como geriu as incidências no Mónaco, onde a corrida começou mais tarde devido à chuva. «Devia ter começado às 15h00 [hora inicialmente prevista]. Hoje em dia parece que quem está no controlo da corrida fica stressado com umas gotas de chuva. Claro que teria sido um início caótico e que as equipas estariam na dúvida sobre que pneus usar. (...) Começou-se atrás do safety car, o que tira uma vantagem. Especialmente num circuito como o do Mónaco. Vivemos num desporto competitivo e profissional. Coisas como estas não podem acontecer», vincou.

Jos Verstappen considerou ainda ser «incrível» ver a pouca aderência que os carros têm mesmo com os pneus de chuva da Pirelli, algo que considera arrastar-se há muito tempo. «Têm de garantir que os pneus conseguem lidar com três centímetros de chuva. Nós conseguíamos nos tempos Bridgestone e da Michelin. Agora, [até] as bandeiras vermelhas são mostradas muito rapidamente hoje em dia», atirou.