O médio francês Vikash Dhorasoo tenciona levar o Paris Saint-Germain ao tribunal de trabalho depois de ter sido despedido pelo clube parisiense na sequência de um desentendimento com o treinador Guy Lacombe.
O jogador foi afastado da equipa na última quarta-feira por alegada insubordinação e desobediência, depois de ter colocado em causa as orientações tácticas do treinador a quem classificou como mentiroso numa entrevista ao jornal L'Equipe publicada no último mês.
Dhorasoo, mais uma vez em declarações ao L'Equipe, diz esta sexta-feira que não aceita as acusações que lhe foram movidas pelo clube. «Não aceito. Não é o dinheiro que está em causa, estou a processá-los por uma questão de princípio. Quero que as pessoas saibam que não cometi nenhuma ofensa grave», refere o jogador.
Dhorasso foi o primeiro jogador a ser despedido por um clube francês desde que foi implantado o novo quadro regulamentador do futebol profissional em 1973. O jogador foi inicialmente suspenso pelo presidente do PSG, Alain Cayzac depois do desentendimento com o treinador que o afastou da equipa principal e o colocou a jogar numa equipa amadora ao longo de quatro semanas.
«Paguei um preço elevado pela minha liberdade. Aceitar o meu despedimento seria aceitar a mensagem que eles estão a enviar aos jogadores: calem-se ou serão despedidos», diz ainda Dhorasoo ao L'Equipe.
Dhorasoo, actualmente com 33 anos, chegou ao PSG em 2005, contratado ao Milan, depois de ter começado a sua carreira no Le Havre e de ter sido campeão pelo Lyon em 2003 e 2004. Na selecção destacou-se como um médio dotado, mas irregular, somando 18 internacionalizações. Foi um dos eleitos para disputar o Mundial-2006, mas somou apenas dez minutos de jogo ao longo de toda a competição.