Quatro golos em meia hora ditaram a demissão de Jean Tigana do comando técnico do Bordéus. O antigo internacional francês, de 56 anos, já estava na mira da insatisfação dos adeptos pela carreira decepcionante da equipa (nono lugar, bem longe do acesso à Europa), e a corda esticou demais após a goleada sofrida em casa perante o Sochaux.

Tigana, que já tinha anteriormente posto o lugar à disposição, viu desta vez a sua tomada de posição aceite pelo presidente do clube, Jean-Louis Triaud, que logo após o final da partida tinha surgido na sala de imprensa para pedir desculpas aos adeptos e se assumir «envergonhado» pelo desempenho da equipa.

Logo após esta posição pública, Tigana avançou com o pedido de demissão, afirmando aos jornalistas que o desempenho frente ao Sochaux foi «catastrófico e desastroso, para o clube e para mim», acrescentando que depois de a sua filha ter sido agredida no estádio por alguns adeptos insatisfeitos não lhe restava outro caminho se não abandonar o clube: «Se as pessoas pensam que eu sou o problema, então eu saio», concluiu. O nome do seu sucessor deverá ser conhecido no início da próxima semana.