O secretário de Estado da Juventude e do Desporto, Laurentino Dias, defendeu esta quinta-feira que o Europeu de Futebol em 2004, economicamente, não foi um prejuízo, mas sim um benefício. «O país desfrutou desses investimentos», sublinhou.

Laurentino Dias lembrou ainda que o Governo aplaude este incitava e deixa o repto: «Portugal não tem dimensão para organizar os Jogos Olímpicos ou um Mundial sozinho. Mas tem algo a ganhar se estiver numa candidatura conjunta. Há condições e estou convicto que vale a pena», disse no «Pequeno-Almoço Agência Financeira/NH Hoteles», a propósito das vantagens de uma eventual organização ibérica para o Mundial em 2018. Uma ideia defendida pelo presidente da Federação Portuguesa de Futebol (FPF), Gilberto Madaíl.

Secretário de Estado espera agora que «namoro» seja bem conduzido

O responsável, que tutela a pasta do desporto, garantiu que é preciso haver um namoro bem conduzido pelas federações dos dois países, para depois os governos «acompanharem esse namoro». Admitiu, contudo, que o processo vai ser difícil até ao fim e para que tal possa acontecer «ambos terão de ceder».

«Não faz sentido gastar publicamente o assunto. É altura de os namorados trabalharem recatadamente», apontou, depois de frisar que «a ponderação entre o investimento necessário e o retorno desse investimento é vantajoso para o país».

Portugal tem condições

«As nossas infra-estruturas estão prontas. A acontecer, terão de ser feitos retoques especiais, mas sem investimentos duros», frisou o responsável depois de sublinhar que o nosso país ainda está a tirar benefícios do Euro2004.