Geovanni é o décimo jogador mais caro na história do Barcelona. Em 2001, os catalães pagaram 21 milhões de euros ao Cruzeiro pelo passe do actual atleta do Hull City. Em entrevista ao Maisfutebol, o internacional brasileiro confessa que a pressão não o permitiu corresponder às expectativas do gigante de Camp Nou. 14 vezez internacional pelo Brasil, acredita ser possível ainda voltar aos planos do seleccionador.
O F.C. Porto ganhou os últimos quatro campeonatos. Que explicações encontra para esta superioridade?
É difícil explicar. Este ano o Benfica está bem, mas nas épocas anteriores o Porto manteve sempre a estrutura-base e uma regularidade fantástica. O Benfica fez isso neste último Verão e por isso está a efectuar uma época muito boa. Vamos a ver se é desta que consegue interromper o sucesso do Porto.
«Em 2005 pintámos a cidade do Porto de vermelho»
Antes de chegar a Portugal esteve no Barcelona mas raramente conseguiu ser feliz...
As coisas não me correram bem, mas a verdade é que toda a gente quer jogar no Barcelona. Por isso não me arrependo de ter ido para lá. Era muito novo, surgiu o convite e aceitei, claro. Fui para Espanha cheio de esperanças, mas nos treinos estavam sempre a chamar-me a atenção, a fazer correcções e aquilo incomodava-me. Era muito menino mesmo.
«Pretendo voltar a jogar na liga portuguesa»
O Geovanni é o décimo jogador mais caro da história do Barcelona. O clube pagou mais de 21 milhões pelo seu passe. Isso também complicou a sua afirmação?
Não correspondi e isso afectou-me bastante. Tinha uma filha pequena, vivia muito pressionado e abanei. De qualquer forma, aprendi muito lá e depois colhi os frutos no Benfica e em Inglaterra. Aprendi a passar mais a bola, a lutar, a cobrar livres, aprendi muito mesmo. Tinha de passar por essa experiência para me tornar um verdadeiro jogador.
«Um depoimento emocionado sobre Fehér e Enke»
Em Inglaterra tem feito golos fantásticos. Marcou, por exemplo, o primeiro golo do Hull City na Premier League.
Adaptei-me muito bem a esse futebol. É tudo muito rápido, a bola tão depressa está na defesa como chega ao ataque e os espaços acabam por aparecer. Eu preciso de espaço para executar bem e em Inglaterra isso sucede. Como remato bem, tenho feito alguns golos bonitos, é verdade.
Com 30 anos ainda acredita ser possível regressar à selecção do Brasil?

Tenho 14 jogos e três golos pela selecção. Fiz grandes jogos, mas falta-me ser chamado para uma grande prova de selecções. Sei que o grupo do Dunga está praticamente fechado, mas depois do Mundial talvez se possam voltar a lembrar de mim. Curiosamente, a minha estreia na selecção do Brasil coincidiu com a despedida do Dunga. Infelizmente, depois disso não voltei a falar com ele.