Cinco jogos, cinco triunfos. Mesmo sem o brilho de outros jogos, a seleção sub-21 consegue ser competente o suficiente para vencer. Esta quarta-feira venceu no Estádio Cidade de Barcelos a congénere da Macedónia por duas bolas a zero, com golos de Bernardo Silva e Esgaio. A exibição não foi vistosa, mas mesmo assim o resultado é envergonhado para o que os pupilos de Rui Jorge produziram.

De regresso à casa de partida, onde começou a qualificação para o Europeu de 2015, a seleção portuguesa apresentou algumas diferenças relativamente ao jogo de 5 de setembro, altura em que bateu a Noruega neste mesmo Estádio Cidade de Barcelos. William Carvalho, Rafa e Ivan Cavaleiro subiram mais um degrau e estão neste momento ao serviço de Paulo Bento na seleção A.

Diante dos corpulentos jogadores macedónios, os jovens portugueses responderam com a reconhecida superioridade técnica. A equipa da Macedónia, penúltima classificada deste grupo 8, subjugou-se ao potencial luso e tentou compactar as suas linhas, dando pouco espaço para Portugal se recrear com a bola. O relvado do Estádio Cidade de Barcelos, em muito mau estado, foi um fator aliado à estratégia da Macedónia em interferir no jogo de Portugal.

Perdidas de Portugal fazem Macedónia acreditar

Mesmo com estes condicionalismos, a seleção de Rui Jorge conseguiu com facilidade impor o seu futebol e ditar as regras do jogo. Logo aos sete minutos André Gomes podia ter inaugurado o marcador com um remate já no interior da área sem qualquer marcação adversária.

Em ritmo de cruzeiro, sem nunca acelerar muito, a equipa das quinas conseguiu uma mão cheia de oportunidades claras para marcar, mas o desacerto na hora de visar a baliza de Stole Dimitrievski foi o tónico dominante nos primeiros quarenta e cinco minutos.

O nulo no marcador ao intervalo penalizava a inoperância ofensiva dos sub-21 portugueses, e davam esperanças à Macedónia. Foi preciso esperar até à meia hora de jogo para ver o primeiro remate da equipa dos Balcãs. Contudo, depois do primeiro disparo seguiram-se novas tentativas de visar a baliza à guarda de José Sá.

Um dos estreantes da noite, Carlos Mané, acabou por não ter a estreia desejada. O extremo leonino acabou por sair ainda no decorrer da primeira parte agarrado à coxa esquerda, dando o seu lugar a Ricardo Pereira aos 35 minutos.

Entrada de rompante no segundo tempo desfaz dúvidas

O extremo do FC Porto, Ricardo Pereira, entrou bem no jogo e nos minutos iniciais do segundo tempo fabricou o primeiro golo de Portugal. Depois de já ter dado boas indicações nos dez minutos que esteve em campo antes do intervalo teve um trabalho digo de registo no abrir do ativo por parte de Portugal.

Cruzamento açucarado para o coração da área, o irrequieto Bernardo Silva saiu do flanco direito para entrar bem no meio e finalizar de primeira. Acordou Portugal, acordo o Estádio Cidade de Barcelos e não foi preciso muito mais tempo para o segundo.

Marcou Ricardo Esgaio na conversão de uma grande penalidade. A falta de Blazhevski deixa poucas dúvidas, o derrube a João Mário foi evidente e o árbitro turco Baris Simsek fez de imediato sinalética apontando para a marca dos onze metros. Esgaio cobrou com êxito o castigo máximo.

A seleção das quinas dispôs ainda de várias oportunidades para ampliar a vantagem, a mais flagrante foi um penálti desperdiçado por Gonçalo Paciência, mas o resultado final cifrou-se numa vantagem magra por dois golos. Sem tanto brilho como noutras exibições, os sub-21 de Portugal completaram o nulo e somaram o quinto triunfo em outros tantos jogos. A República Checa é já ali…