«O 3-3 foi um pontapé nas partes baixas»

A expressão de Pedro Emanuel resulta de toda uma miscelânea de sentimentos que invadiram o técnico durante a partida frente ao Nacional da Madeira, que terminou empatada a três golos.

O treinador do Arouca teve tudo contra si. Defrontava uma equipa que vinha embalada por quatro vitórias consecutivas na Liga e tinha ainda o handicap de a última vitória arouquense para o campeonato ter ficado depositada na 16ª jornada.

O cenário que já não era fácil ficou ainda pior depois de Mário Rondon ter sentado os madeirenses numa confortável vantagem de dois golos aos 25 minutos de jogo.

O Mundo parecia desabar e pouca gente acreditaria num desfecho agradável para a formação do distrito de Aveiro.

No entanto, numa grande demonstração de carater, à imagem do seu treinador, a equipa virou um 0-2 para 3-2 e, pela primeira vez, viu o sol, quando faltavam apenas seis minutos (mais os descontos) para o final.

Durou pouco, muito pouco, a alegria arouquense, porque um minuto depois Rondon voltou a colocar a bola dentro da baliza de Mauro Goicoechea.

É este lance que faz com que Pedro Emanuel tenha esta afirmação. Foi um murro no estómago depois de alcançado o cume da montanha. Ou como prefere o técnico, um pontapé nas partes baixas.