O Banco Central Europeu (BCE) acaba de anunciar que vai manter a taxa de referência da Zona Euro nos 4 por cento.

Esta decisão foi tomada para tentar travar a inflação. Segundo o analista da «Caixa Madrid», Juan António Cabrera, citado pelo «Cinco Dias», a instituição deverá baixar os juros quando de verificar uma diminuição nos preços.

Desta maneira, o banco liderado por Trichet, volta mais um mês, a manter inalterada a taxa nos 4%, em linha com o que esperavam os especialistas, sendo que este valor é o mais alto dos últimos seis anos.

Más notícias para milhares de famílias, nomeadamente portuguesas, que estão endividadas e que ansiavam ver baixarem os encargos dos seus empréstimos, sobretudo de crédito à habitação.

A instituição ainda não deu sinais de cortar o preço do dinheiro, apesar de ter admitido recentemente que a crise dos mercados financeiros ainda não chegou ao fim e que as consequências dos desequilíbrios ainda não se fizeram sentir na sua plenitude.

Tudo por causa da elevada taxa de inflação no conjunto dos países do euro, que atingiu os 3,5 por cento em Março, muito acima do tecto de 2% considerado o ideal para não ameaçar a estabilidade de preços, que é a principal preocupação do BCE.

A política monetária do BCE afasta-se assim da da Reserva Federal norte-americana, que cortou já por várias vezes as taxas de juro nos EUA desde o Verão passado, quando rebentou a crise financeira, para os actuais 2,25%.

A Fed já prometeu que vai, no entanto, abrandar o ritmo das reduções a partir de agora.