Mas, afinal, quem é Wil Coort?
Em Portugal a sua visibilidade foi sempre limitada pelo cargo ocupado. Chegou em 2005 com Co Adriaanse e permaneceu nove temporadas seguidas no FC Porto.
Quem o conhece fala de um homem simpático, competente e extremamente dedicado ao trabalho.
A primeira vez que apareceu nas manchetes terá sido durante o processo que opôs Adriaanse ao FC Porto. O Tribunal Arbitral Desporto considerou que o técnico rescindiu sem justa causa o contrato com os dragões e condenou-o a indemnizar o clube em um milhão de euros.
Durante todo este processo, Wil Coort esteve ao lado do FC Porto e contra o antigo chefe de equipa.
No FC Porto trabalhou depois com Jesualdo Ferreira, André Villas-Boas, Vítor Pereira, Paulo Fonseca e, agora, Luís Castro.
Embora sempre tenha mantido uma relação cordial com todos, foi mesmo Villas-Boas quem mais o marcou. Wil Coort confessou ter ficado «rendido» ao talento e ao poder persuasivo do homem que vai reencontrar na Rússia.
Carreira de treinador iniciada aos 20 anos
Ao contrário da esmagadora maioria dos treinadores de guarda-redes, Wil Coort nunca jogou a um nível profissional. Esteve nas balizas, sim, mas apenas como amador ao serviço do BVV Den Bosch.
O talento nunca o abençoou e percebeu isso bastante cedo.
Com 20 anos (!) começou a integrar as equipas técnicas do pequeno Den Bosch, na Holanda.
Oito temporadas depois, lançado pelo bom trabalho dos guarda-redes que orientava, foi chamado pelo Ajax. Integrou a equipa técnica de Morten Olsen e começou logo a trabalhar com um nome consagrado: Edwin van der Sar.
Numa das raras entrevistas concedidas, Coort confessou ter «aprendido mais do que ensinado» com o internacional holandês.
Olsen saiu e chegou Jan Wouters, depois Co Adriaanse, Ronald Koeman e Van der Lem. Em 2005, na mudança para o FC Porto, Co Adriaanse lembrou-se dele. O treinador principal durou uma época, Coort ficou nove.
A discrição e a simpatia só foram abaladas pela forma como saiu. Nem Pinto da Costa estava a contar.
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