O Atlético venceu o Famalicense, no Pavilhão da Tapadinha, por 7-3, num jogo de futsal caracterizado pela contestação à dupla de arbitragem composta por José Dâmaso e Ricardo Silva. Numa partida que se adivinhava fácil para a equipa de Alcântara, prevaleceu a «estranheza do resultado», segundo António Baptista, director do Famalicense. 

Nos primeiros cinco minutos foi a equipa do Famalicense que exerceu uma maior pressão sobre o adversário, alcançando inclusivamente o primeiro golo da partida. A equipa da Tapadinha reagiu logo de seguida e obteve o golo da igualdade, por intermédio de Ruizinho. Depois disto o Atlético dominou e em apenas quatro minutos obteve três golos, marcados por Monteiro e Drula (2). Na primeira parte o Famalicense ainda conseguiu reduzir a desvantagem para 2-4, por intermédio de Armando, após marcação de uma falta. 

No segundo tempo as equipas adquiriram uma postura de ataque, com o Famalicense a construir jogadas sem conseguir marcar. Aos dois minutos do segundo tempo a equipa da casa voltou a adiantar-se no marcador, por intermédio de António Teixeira. Outro dos jogadores a bisar, por parte do Atlético, foi Cautela, que marcou aos 13 e 19 minutos e estabeleceu o resultado final de 7-3. Pelo meio o terceiro golo do Famalicense, marcado por Armando, que também bisou no encontro. 

Luís Alves (Atlético): «Não realizámos um bom jogo» 

No final da partida, Luís Alves, treinador do Atlético, tinha bem patente na face a satisfação pela obtenção de mais uma vitória. «O Atlético não realizou um bom jogo, mas a diferença de qualidade e valores existente entre as duas equipas acabou por ditar o resultado do jogo», afirmou o técnico. 

Os primeiros cinco minutos de jogo estiveram, praticamente, a cargo do Famalicense, que exerceu uma maior pressão sobre o adversário, facto que o treinador do Atlético justifica como «sendo a parte do jogo que coincide com o período de maior concentração e disponibilidade física, sendo portanto o mais díficil». Luís Alves não deixou de dar os parabéns à equipa do Famalicense, considerando-a «bem trabalhada». 

António Baptista (director do Famalicense): «Construímos muito mas não conseguimos concretizar» 

Bastante agastado com o desfecho do encontro, António Baptista, director do Famalicense, não deixou de considerar a partida «esquisita». Quando questionado acerca da prestação da sua equipa, António Baptista foi peremptório ao afirmar que «não esteve bem a atacar». 

«Verificaram-se muitas falhas no ataque, com muitas oportunidades não concretizadas. Por vezes a equipa estava lançada para o ataque e não concretizou», considerou o director famalicense. 

António Baptista considerou ainda que, na segunda parte, «o Famalicense foi a equipa que mais pressionou, embora tenha sofrido três golos». A opção pela utilização de um guarda-redes adiantado não surtiu efeito, já que Toninho cometeu alguns erros.

António Baptista finalizou afirmando que «o resultado não espelha o que se passou dentro de campo». 

«A vitória foi justa mas o resultado enganador», disse ainda o dirigente, que considera o Atlético uma equipa «recheada de talentos». 

Arbitragem muito contestada 

Luís Alves é um dos poucos treinadores que não gosta de se pronunciar acerca de arbitragem, mas desta vez abriu uma excepção. No entanto, não se referiu a este jogo em particular, optando por generalizar: «O grande problema da arbitragem consiste nos critérios utilizados. Há que uniformizá-los para se poder verificar uma maior igualdade entre as equipas. Um jogador nunca sabe com o que pode contar e isso devia ser estabelecido, embora pense que não se ganham nem perdem jogos por causa da arbitragem.» 

Em contrapartida, António Baptista preferiu mostrar o seu descontentamento em relação à dupla de arbitragem formada por José Damaso e Ricardo Silva, destacando os critérios disciplinares: «Houve uma falta sem bola, passivel de cartão vermelho directo, e o árbitro nada marcou». 

O director do Famalicense foi ainda mais longe ao afirmar que «a dupla de arbitragem não estava mentalizada para arbitrar e isso esteve bem patente nos 40 minutos de jogo». 

CM/Aroeira continua sem vencer 

Em relação aos restantes jogos da 22ª jornada do campeonato de Futsal, este fim-de-semana não trouxe surpresas. O CM/Aroeira continua sem conseguir vencer. Desta vez perdeu com o F.J. Antunes, por 2-1. O mesmo resultado foi obtido pelo Vila Verde na vitória sobre o Olímpico. 

Bem mais dilatadas foram as vitórias do Coimbrões sobre o Joarte (6-3), do AMSAC frente à Universidade do Minho (6-4) e do Instituto D. João V contra o Junqueira (7-1).