No Bessa foi uma tarde diferente. O Presidente da República marcou presença nas instalações do novo campeão nacional para tomar contacto com as obras do estádio. Fez-se acompanhar por José Lello, ministro da juventude e do desporto, e passou os olhos na bancada que se ergue em torno de um dos palcos do Euro-2004. 

No centro do relvado, viu a maqueta do futuro recinto e recebeu o livro com a história do clube axadrezado. Também lhe ofereceram um galhardete e uma pantera em estanho. Peças simbólicas na tarde em que João Loureiro foi o grande anfitrião de Jorge Sampaio. 

«Tenho muito gosto em vir aqui. Estando estes dias no Porto e na região norte do país, achei por bem visitar um clube que teve uma grande vitória. Foi o resultado de um trabalho sério. Sei o que é competir com países maiores. Por isso, é com satisfação que verifico o hábito de vitória em Portugal, o que é bom para o futebol português», destacou o Presidente da República. 

Depois das palavras de circunstância à volta do Boavista, Jorge Sampaio falou do Euro-2004: «Apelo para nos concentrarmos, para pôr o Euro-2004 de pé, uma responsabilidade nacional a que tem de ser tomada como tal. Num país com problemas, ainda hoje foi discutido no Conselho de Ministros o rigor que deve haver nos assuntos nacionais, é preciso avançar com critério, organização e com muita pouca teatralidade», afirmou. 

De todos os recintos que irão acolher o Campeonato Europeu, o Estádio do Bessa é aquele cujas novas estruturas estão mais avançadas. «O Boavista é o exemplo do critério e do planeamento. Uma palavra que tem de entrar no futebol português para conseguir ganhos e triunfar com o rigor indispensável em 2004. Por isso, esta visita é uma homenagem ao Boavista», disse Jorge Sampaio, sublinhando que «somos um país com capacidade para fazer as obras, sem gastar mais do que o necessário».