Pacheco não o esconde: por ele, não tinha perdido Quevedo. Mas o treinador do Boavista faz questão de se mostrar compreensivo para com uma decisão da SAD axadrezada: «O nosso clube funciona com dinheiro vivo, não pode cometer loucuras. Foi uma oportunidade de negócio que o clube entendeu aceitar e, sendo bom financeiramente para o clube e para o jogador, tenho que ficar satisfeito com isso». 

No entanto, Jaime Pacheco admite que, do ponto de vista técnico, a perda de Quevedo não é uma boa notícia: «Temos que olhar para estas coisas com naturalidade. Mas é pena, porque o Quevedo sempre foi um grande profissional e deixa saudades no Bessa. Estou certo de que haverá alternativas neste plantel: o Erivan, o Pedrosa, mesmo o Mário Loja...» 

A perda de Quevedo fez Pacheco lembrar-se de outro jogadores: «É bom lembrar que vários jogadores que saíram recentemente deste clube tiveram sempre um comportamento exemplar: o Litos, o Rui Bento, o Whelliton, mesmo o Braima e o Geraldo, que foram dispensados, mas são grandes profissionais». 

O treinador axadrezado fez questão de explicar que «vender não é o mesmo que dispensar. A saída de Quevedo foi uma venda, trouxe vantagens para o Boavista. Estas coisas, neste clube, são decididas com todo o rigor». 

A saída de Quevedo surgiu ao mesmo tempo, praticamente, que se soube da entrada de Jardel no Sporting. Um desequilíbrio para o conjunto axadrezado? «É a lei da vida...», comenta Pacheco. «Não nos podemos surpreender com isso, os nossos sócios sabem das nossas limitações e que isto tem que ser assim. Mas claro que não foi nada bom termos perdido o Litos, o Rui Bento, agora o Quevedo...»