A contratação de Alexandre Goulart pelo Boavista ao Ipatinga conheceu novos contornos durante o dia de hoje, com algumas revelações por parte do presidente do clube brasileiro, Itair Machado. 

Os axadrezados acreditam tanto no seu novo reforço que até já ficou estipulada uma verba para eventual venda do médio criativo para um clube maior. Segundo Itair Machado, até foi a definição da percentagem que dificultou as negociações:

«O Ipatinga insistia em ficar com 20%, mas depois de várias conversas, concordámos com os 10%. Ou seja, se o Boavista vender o jogador a outro clube europeu, deduzindo o que já tiver sido pago pelo seu clube, vamos ficar com a décima parte do lucro». 

As revelações do presidente ao «Jornal Vale do Aço» denotam a importância do negócio, que o leva a esconder as verbas envolvidas, por pedido expresso dos dirigentes axadrezados. «Ficou acertado que não revelaremos o preço de seu passe. É a forma deles agirem e se fizermos isso aqui, a imprensa de lá ficará a saber e isso vai fechar as portas para o Ipatinga no futuro. O que eu posso dizer é que o negócio foi muito bom para o clube e que o dinheiro vai ser investido nas obras do Centro de Treinamento de Águas Claras e vai servir para colocar em ordem o caixa do clube, que vinha sofrendo com alguns prejuízos». 

No entanto, Itair Machado revelou que a transferência rendeu mais do que 300 mil dólares (sensivelmente setenta mil contos), mas sempre mantendo os valores reais em segredo, o que não é habitual no Brasil. Os negócios de futuro são uma preocupação para o presidente do Ipatinga, pois para além dos «bons jogadores que existem na equipa júnior, com valor para jogar na Europa», ainda existe o empréstimo de Tibinha, que poderá ser novamente cedido pelo Boavista ao clube de Minas Gerais.