Sem receios e muita ambição, o F.C. Porto parte para a Liga dos Campeões com intenção de passar à próxima fase, mas o seu treinador, como é habitual, defende que «as coisas têm de ser pensados jogo a jogo». 

A intenção de Octávio Machado é «começar bem» a competição, pois defende que «a equipa tem condições justificadas para ter as suas ambições». Fazendo questão em enumerar os feitos já alcançados esta época - «estamos no primeiro lugar do campeonato, conquistámos a Supertaça e o Troféu Cidade do Porto e garantimos o apuramento para a Liga dos Campeões» -, considera que a equipa ainda pode melhorar: «Vamos estar ainda melhor e aumentar os níveis competitivos. Tenho a certeza que os jogadores podem e devem ser mais fortes no futuro». 

Os elogios que tece ao adversário de amanhã não lhe retiram qualquer intenção de vitória, apesar de considerar que «a este nível todos os resultados são possíveis». De qualquer forma, confessa, sem grande esforço, que gostaria de estar na próxima fase. «É para osso que cá estamos», desabafa. 

Sem ressentimentos ou desejos de vingança, Octávio Machado diz que a derrota na final de Basileia não deve ser invocada. «Não se pode falar de vinganças. É claro que há a história da final, em que a Juventus venceu o F.C. Porto, mas marcou a afirmação da equipa a nível internacional. Agora, com o palmarés mais rico, as duas formações voltam a encontrar-se, naquele que é o grande evento desportivo a nível europeu». 

O antídoto para parar o poderoso adversário não é confessado, até porque o treinador diz que ainda vai ter «tempo para pensar» e escolher a equipa, mas lá deixa escapara que «não vai haver surpresas». Na sua opinião, o que é mais importante é que a equipa seja «equilibrada e que procure ser eficaz, tanto a nível defensivo, como ofensivo», tendo em vista a «ocupação racional dos espaços» e um «ritmo elevado durante todo o jogo».