A ligação de Octávio Machado à zona de Setúbal é muito forte, não só por ser de Palmela, mas também porque foi lá que iniciou a sua carreira de jogador, no Vitória. A dois dias de defrontar o clube da sua terra, o treinador do F.C. Porto assume, sem qualquer complexo, que será um jogo com um significado especial. 

«Jogar com o Setúbal é algo que me toca, pois não posso esquecer os anos bons que lá passei. Trata-se de um histórico do futebol português, que depois de alguma intranquilidade está de regresso e é de forma justa que isso acontece porque é o grande símbolo daquela região», disse Octávio. 

Apesar do lado sentimental, o técnico vai encarar o jogo da mesma forma como o faz com as restantes equipas, ou seja, é para vencer. «Respeitamos toda a gente e temos a consciência que não vai ser fácil, mas tenho a certeza que seremos capazes de ultrapassar mais este obstáculo», referiu. 

Recordando o facto do adversário do próximo sábado ter o ataque mais concretizador do campeonato nacional, o técnico portista frizou que a equipa não pode voltar a repetir os últimos minutos dos jogos com o Benfica e o Rosenborg, em que teve o coração nas mãos depois de ter estado a dominar. «Podemos melhorar em muitos sectores, pois não fomos tão perfeitos como devíamos nos últimos dois encontros. Falámos muito sobre o que errou, por isso vamos procurar não voltar a cometê-los».