O F.C. Porto tem jogado quase sempre com o mesmo «onze», o que não é muito normal em equipas envolvidas em várias frentes e com dois jogos por semana. Octávio Machado, porém, não pretende mudar esta maneira de estar, por isso vai mantê-la enquanto continuar a dar resultados. 

«Não vamos mudar um milímetro, porque estamos no bom caminho. Sabemos que o nível de exigência vai ser muito maior à medida que o tempo passa, mas vamos continuar a manter as coisas assim», assegurou o treinador, avisando que não pretende mudar o «onze» para o jogo com o Setúbal, embora seja admissível que Paredes regresse à equipa titular. 

Isto apesar do treinador defender que tem um excelente plantel. «Levei 21 à Noruega, mas havia mais que podiam integrar a comitiva», referiu, lembrando o simpósio de treinadores organizado pela UEFA, em que foi defendido que «as equipas de alto rendimento têm de ter um lote de 20/22 jogadores de grande qualidade», que «tem de ser gerido harmoniosamente e com menos conflitos». Aliás, houve uma proposta concreta que baseava-se num «lote de 20 jogadores disponíveis para um jogo, ao contrário dos actuais 18, ser permitido efectuar duas substituições ao intervalo e mais três, para aumentar o ritmo de jogo». 

«Tenho uma retaguarda muito forte» 

Para além disto tudo, Octávio Machado está plenamente confiante nos jogadores que não têm sido utilizados, mas que lutam para serem titulares: «Tenho uma retaguarda muito forte, pois sempre que são chamados esses jogadores têm correspondido. Este grupo só é forte porque tem sabido ter alguma insatisfação e exteriorizá-la no sítio certo, que é dentro de campo». 

Por esta ordem de ideias, o treinador portista conclui que «tem sido fácil de gerir as coisas, porque o grupo de trabalho tem sabido dar uma resposta positiva» e embora «as vitórias reforcem os níveis de confiança, o futebol não faz sentido» se não houverem mais vitórias seguidamente.