William

Primeiro jogo oficial da temporada, primeiro depois de longa ausência dos relvados portugueses, depois de passagem por França (Bastia) e Espanha (Compostela). E William não podia ter assinalado o regresso de melhor forma. Começou por anular Detinho, com alguma dificuldade, uma vez que o avançado dos alentejanos é muito forte e esforçado, mas com eficácia total. Aos 42 minutos deu um pulo à área contrária para, num grande cabeceamento, bater Paulo Sérgio, inaugurar o marcador e decidir o jogo. Apenas um erro, já na segunda parte, um corte falhado que levou a bola para o centro da sua área, mas sem consequências. 

Carlos Alvarez

Começou por ser o principal municiador do ataque vimaranense, o homem do trio do meio-campo com mais liberdade para subir no terreno. Tem o primeiro remate de algum perigo, depois de boa solicitação de Fangueiro, e ajudou muito na batalha do centro do terreno. Com a expulsão de Abel recuou para lateral-direito, o lugar que tinha ocupado na última jornada, e travou Laelson, o único elemento do Campomaiorense que ameaçava aproximar-se do golo. 

Poejo

O melhor do Campomaiorense, lançador das poucas jogadas de ataque da sua equipa. Poejo, mesmo pressionado, parece sempre saber onde é que está um colega a desmarcar-se. O risco que corre no passe leva-o a falhar algumas vezes, mas esse risco é compensado quando uma solicitação rasteira ou uma mudança de flanco deixam um companheiro isolado. E se a sua influência não foi maior pode queixar-se do árbitro auxiliar Vítor Meira, que insistia em considerar Laelson fora-de-jogo. A tal ponto que, no segundo tempo, viu-se mais de uma vez Poejo hesitar no passe, com medo de ver mais uma jogada de ataque travada pela bandeira. 

Vitórias e um problema caseiro

Álvaro Magalhães ganhou pela primeira vez, depois de três derrotas desde que assumira o comando técnico do Vitória de Guimarães (que antes disso também tinha perdido os dois jogos anteriores). Diamantino Miranda perdeu pela primeira vez para o campeonato desde que substituiu Carlos Manuel no Campomaiorense - tinha sido derrotado pelo Benfica, na Taça, mas contava dois empates e uma vitória na I Liga. Mais importante que isso, o Campomaiorense continua sem vencer em casa esta época, ao fim de oito jogos no campeonato e um na Taça. Os alentejanos, claramente talhados para o contra-ataque, parecem incapazes de, com poucos espaços, criar verdadeiras ocasiões para marcar.