Laionel deixará esta quarta-feira de ser jogador do Gil Vicente. O pedido de rescisão do contrato foi aceite pelo clube e ambas as partes chegaram a acordo para tratar de tudo de forma amigável.

«Andava descontente, porque queria jogar mais. É verdade que teve um desentendimento com um colega no treino, que obrigou o Paulo [Alves] a intervir. Depois pediu para sair e como a equipa técnica não contava muito com ele para a segunda volta entendemos que era o melhor para todos», afirmou António Fiúsa, presidente do Gil Vicente, ao Maisfutebol.

O dirigente garante que esta saída não vai afectar a forma como o clube vai atacar o mercado de Inverno. «O Rodrigo Galo faz aquela posição. E temos o Tó [Barbosa], o Vieira, o Richard, o Guilherme. Temos muitas opções», continuou.

«Zé Luís quer vir»

Assim sendo, a chegar alguém até ao fecho da janela de transferências, será o desejado ponta-de-lança. Zé Luís, do Sp. Braga? «Ele é jogador do Sp. Braga, mas conhece bem o clube e o Paulo [Alves] também o conhece bem. Ele quer vir para o Gil Vicente, mas a única verdade é que há uma cláusula no contrato dele que nos dá direito de preferência. Mas, claro, enquanto não houver uma dispensa...», explica António Fiúsa.

Outra possibilidade avançada foi Ramazotti, avançado brasileiro que ajudou a equipa a subir à I Liga e não está a passar um bom momento no Japão. O presidente gilista descarta a hipótese: «Quer dinheiro de mais. Não temos possibilidade. O Ramazotti ainda fez pouca coisa na Europa. O que fez foi no Gil Vicente e na Liga de Honra. Quem nos diz que se ia adaptar à I Divisão?»

António Fiúsa alerta para as condições difíceis que os clubes pequenos atravessam, ainda por cima com o recente aumento no IVA.

«Grande parte da receita do próximo jogo com o F.C. Porto vai para o Estado! E não podemos aumentar os preços dos bilhetes porque então é que as pessoas não vêm. Em 2009, os 32 clubes profissionais pagaram 35 milhões de impostos ao Estado. Nós damos empego directo e indirecto a milhares de pessoas. Não são só os jogadores e funcionários. Há os jornalistas, vendedores, até os cafés e restaurantes. Tudo vive à custa do futebol e dá a impressão que somos uns cafajestes», lamentou.